ATA DA SEXAGÉSIMA NONA
SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 07-8-2013.
Aos sete dias do mês de
agosto do ano de dois mil e treze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, João Derly, Jussara
Cony, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Márcio Bins Ely, Mario Fraga, Mauro
Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol e
Tarciso Flecha Negra. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente
declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os
vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Dr.
Thiago, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Marcelo Sgarbossa, Mario Manfro,
Nereu D'Avila, Pedro Ruas, Professor Garcia, Sofia Cavedon, Valter Nagelstein e
Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: os Projetos de Lei do Legislativo nos
215 e 254/13 (Processos nos 1971 e 2178/13, respectivamente), de
autoria do vereador Alceu Brasinha; o Projeto de Lei do Legislativo nº 204/13
(Processo nº 1909/13), de autoria do vereador João Carlos Nedel; os Projetos de
Lei do Legislativo nos 211 e 251/13 (Processos nos 1950 e
2162/13, respectivamente), de autoria do vereador Marcelo Sgarbossa; eos
Projetos de Lei do Legislativo nos 051/12 e 219/13 (Processos nos
0626/12 e 1999/13, respectivamente), de autoria do vereador Mauro Pinheiro.
Também, foi apregoado o Ofício nº 965/13, do senhor Sebastião Melo, Prefeito em
exercício, retificando o Ofício nº 942/13, com a alteração da data de retorno de
viagem do senhor Prefeito, do dia cinco para o dia seis de agosto de corrente,
às dezoito horas. Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 946/13, do senhor Jair
Fernando Niño Porto Alegre, Coordenador do Projeto Copa 2014 da Gerência de
Filial de Desenvolvimento Urbano de Porto Alegre da Caixa Econômica Federal.
Após, a vereadora Fernanda Melchionna formulou Requerimento verbal, solicitando
alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Às quatorze
horas e vinte e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos,
sendo retomados às quatorze horas e vinte e nove minutos. Em prosseguimento, em
face de acordo do Colégio de Líderes, o senhor Presidente concedeu a palavra ao
senhor Marcelo Borba da Silva, que solicitou o apoio deste Legislativo para que
seja concretizada a posse de aprovados no Concurso Público nº 447, para Guarda
Municipal de Porto Alegre.
Às quatorze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada
a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 144/13 (Processo nº
2321/13), por vinte e sete votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos
vereadores Pedro Ruas, Mauro Pinheiro, Reginaldo Pujol, Delegado Cleiton,
Tarciso Flecha Negra, Fernanda Melchionna, Alceu Brasinha, Paulinho Motorista,
Clàudio Janta, João Derly, Valter Nagelstein, Mônica Leal, Airto Ferronato e
Dr. Thiago, em votação nominal solicitada pelo vereador Pedro Ruas, tendo
votado os vereadores Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Alceu Brasinha, Any
Ortiz, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Elizandro
Sabino, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, João Derly,
Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Luiza Neves, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins
Ely, Mario Fraga, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Pedro Ruas,
Professor Garcia, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Após, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Paulo Brum, solicitando
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 012/13
(Processo nº 1459/13). Em continuidade, foi apregoado Requerimento de autoria
do vereador João Derly e da vereadora Jussara Cony, solicitando que o Projeto
de Lei do Legislativo nº 060/13 (Processo nº 0835/13) fosse incluído na Ordem
do Dia, nos termos do artigo 81 da Lei Orgânica. Em Discussão Geral e Votação,
esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 018/13 (Processo nº 1890/13), o qual,
após ser discutido pelos vereadores Pedro Ruas e Engº Comassetto, teve adiada
sua discussão por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador
Airto Ferronato, encaminhado à votação pelos vereadores Pedro Ruas, Sofia
Cavedon, Bernardino Vendruscolo, Alceu Brasinha, Jussara Cony e Airto
Ferronato. Durante a apreciação do Projeto de Lei do Executivo nº 018/13, o
vereador Mauro Pinheiro cedeu seu tempo de discussão ao vereador Engº
Comassetto. A seguir, o vereador Engº Comassetto procede à entrega, ao senhor
Presidente, de Projeto de Resolução acrescentando parágrafo ao artigo 86 do
Regimento. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 133/13 (Processo nº
2164/13), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Delegado Cleiton,
Idenir Cecchim, Engº Comassetto, Clàudio Janta, João Derly, Sofia Cavedon e Tarciso
Flecha Negra. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº
003/13 (Processo nº 0840/13). Às
dezessete horas e dezenove minutos, o senhor Presidente declarou encerrada a
Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os
Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos 020, 021 e 010/13,
este discutido pela vereadora Sofia Cavedon e pelo vereador Clàudio Janta, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 159, 166, 167, 188, 190, 192,
194, 199, 202, 205, 210, 217, 231, 232, 235, 241 e 244/13, os Projetos de Lei
do Executivo nos 022, 023 e 024/13, os Projetos de Resolução nos
019, 020 e 021/13; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 016/13, discutido pelo vereador Clàudio Janta, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 163 e 042/13, este discutido pelo vereador
Clàudio Janta. Ainda, o vereador Mauro Pinheiro
pronunciou-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciou-se o vereador Alceu Brasinha. Após, foi apregoado o Memorando nº 038/13,
de autoria do vereador Márcio Bins Ely, deferido pelo senhor Presidente,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, amanhã,
em reunião na Confederação Nacional das Profissões Liberais, em Brasília – DF.
Durante a Sessão, a vereadora Jussara Cony e os vereadores Pedro Ruas,
Reginaldo Pujol, Alceu Brasinha e Airto Ferronato manifestaram-se acerca de
assuntos diversos. Também, foram registradas as presenças, neste Plenário, do
vereador Marco Antonio Quiroga, da Câmara Municipal de João Pessoa – PB –, e do
senhor Carlos Alberto Spanhol, Prefeito Municipal de Veranópolis – RS. Às
dezessete horas e quarenta e três minutos, constatada a inexistência de quórum,
em verificação solicitada pela vereadora Mônica Leal, o senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Dr. Thiago e
Bernardino Vendruscolo e secretariados pelo vereador João Carlos Nedel. Do que
foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
pelos senhores 1º Secretário e Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Ver. Bernardino Vendruscolo, na presidência dos
trabalhos na tarde de hoje, solicito que chamemos os Partidos para discutir não
só a questão da Ordem do Dia, mas, sobretudo, a possibilidade de abrir a
tribuna para uma fala dos guardas aprovados no último concurso e que estão na
luta para reforçar a segurança no Município de Porto Alegre, assim como o
Sindicato dos Municipários que está presente na tarde de hoje. Eu acho que
seria fundamental abrir esse espaço para ouvir a cidadania, ouvir os concursados.
Então, solicito essa reunião dos Líderes. (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Eu pergunto se há algum Vereador inscrito para
falar em Liderança, ou se as Lideranças dão acordo neste instante para que
possamos fazer um intervalo de dois, três minutos para acertarmos? (Pausa.)
Estão suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se os trabalhos às 14h25min.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às
14h29min): Estão reabertos os trabalhos. Por acordo de
Lideranças, estamos alterando nossa programação já estabelecida em reunião de
Mesa. Dessa forma, vamos abrir um espaço de cinco minutos para o Sr. Marcelo
Borba da Silva falar em nome de todos os concursados da Guarda Municipal do
Concurso de 2009. As Bancadas que quiserem se pronunciar poderão usar a palavra
em Comunicação de Líder. Logo a seguir entraremos na Ordem do Dia para propor,
em votação, a Moção de Apoio. Mas os senhores têm que se entender.
A SRA. JUSSARA
CONY: Ele vai à tribuna, só que no sentido de continuar a Sessão. Eu entendi
que nós vamos ouvir o concursado; em seguida, entraremos na Ordem do Dia,
priorizando a Moção do Ver. Janta; após isso, usaremos o tempo de Lideranças,
cada um como quiser.
O SR. PEDRO
RUAS: Essa foi a proposta da Ver.ª Fernanda Melchionna, o que é também o nosso
entendimento, a nossa posição. Se é por aí, estamos de acordo.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Não há problema nenhum, desde que se acerte e não
haja outro entendimento no decorrer dos trabalhos. Então, falará o
representante na tribuna por cinco minutos, e vamos para a votação da Moção.
Está acertado.
Aproveito para registrar aqui a presença do Ver.
Marco Antonio Quiroga, do PPS de João Pessoa, que visita esta Casa. Seja
bem-vindo.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, só para ficar bem claro, aberta a
Ordem do Dia, não cabe mais Liderança. Liderança, se tiver que ocorrer, é antes
da Ordem do Dia.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em Ordem do Dia, não há Comunicações de Líder, isso
já está encaminhado e aprovado. Então, vamos dar cinco minutos para o
representante falar, e então entraremos na Ordem do Dia. Os Vereadores só
poderão falar em Liderança após a Ordem do Dia. Isso já está acertado.
O Sr. Marcelo Borba da Silva está com a palavra.
O SR. MARCELO
BORBA DA SILVA: Boa-tarde a todos; boa-tarde, colegas. Obrigado,
Presidente; obrigado, Ver. Clàudio Janta, que propôs a Moção em nosso apoio.
Nós estávamos aqui, na semana passada, buscando apoio desta Casa para a nossa
causa. Vou expô-la rapidamente. Somos 84 candidatos e estamos no meio da última
etapa do concurso para a Guarda Municipal de Porto Alegre. Fomos convocados em
agosto do ano passado, em período eleitoral, para ampliar o efetivo da Guarda,
que hoje conta com 170 vacâncias, um efetivo que não sofre um aumento há 10
anos. É um dos efetivos mais baixos das capitais em todo o Brasil, 170
vacâncias, e o Prefeito, infelizmente, disse que não tem orçamento para nos
chamar. O dissídio já está negociado. A folha de pagamento está abaixo do
limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. Então, não serão esses 84
candidatos que vão quebrar a Prefeitura de Porto Alegre. (Palmas.)
Infelizmente, o Prefeito perdeu um pouco da sensibilidade quando resolveu não
ampliar mais o efetivo da Guarda. No ano passado, nós fomos convocados por ele,
na sua administração. Agora, ele está defendo que não tem orçamento e que vai
priorizar a Educação, a Saúde e a Assistência Social. Peço a todos desta Casa
que nos ajudem a sensibilizar o Prefeito nessa questão. Deem essa visão para
ele. Senhores, a Educação não funciona sem a Guarda Municipal, a Educação não
funciona sem a Guarda protegendo as nossas crianças no entorno das escolas,
protegendo-as do tráfico de drogas, protegendo-as da violência. O funcionário
da Saúde não exerce as suas funções sem ter a proteção da Guarda Municipal,
senhores! Por favor, atentem-se para esse fato. A Guarda Municipal é essencial.
Ela é uma atividade essencial para a garantia dos demais serviços da
Prefeitura. Ela está defasada, e os 84 estão aqui e querem nomeação! (Palmas.)
Nós temos um agravante. Fomos convocados para a última etapa, que é dividida em duas fases, um psicotécnico e um curso de tiro. Nós concluímos o psicotécnico, e muitos de nós tiveram que largar os seus empregos; alguns foram desligados e outros tiveram de se desligar. Por quê? Desligar-se de uma empresa é um processo moroso, mas as pessoas investiram o seu sonho nesse concurso de Guarda Municipal e muitos tiveram que optar por isso! E estão desempregados até hoje! Metade do grupo está desempregada! Não brinquem com os nossos sonhos! Nós pedimos a esta Casa o apoio de vocês para que sensibilizem o Prefeito para que ele retome o ideal de campanha dele, que era de ampliar o efetivo da Guarda! É isto que nós queremos pedir aqui, Sr. Presidente. Inclusive, vamos ter uma Moção da Apoio aí, que foi proposta pelo Ver. Claudio Janta, a quem ficamos agradecidos, assim como vamos ficar agradecidos também pelo apoio dos demais, após ouvir a nossa história. E nós não vamos cessar enquanto nós não conseguirmos a nossa nomeação, porque ela é justa – é justa e necessária.
E tem mais: se não nos nomearmos, nós temos hoje
168 vacâncias – vacâncias. Há jurisprudências que dizem que nós temos direito
às nossas vagas. Nós não estamos procurando esse caminho, viu, Presidente? Nós
não queremos esse caminho, nós queremos entrar de forma correta, conforme o
edital prevê, nós não queremos o caminho da Justiça, porque ele é demorado para
nós e ele é demorado para a Prefeitura. Porque a Prefeitura, enquanto não julgar
o mérito, não vai poder fazer concurso para a Guarda Municipal nos próximos
três, quatro anos! E aí como é que a Prefeitura vai ficar? Já está com o
efetivo defasado, já ocorrem invasões na Câmara, já ocorrem depredações do
patrimônio público!
Certa feita, o Major da Brigada declara: “Não nos
omitimos, a Prefeitura tem uma Guarda própria que faz a proteção das suas
instalações”. Mas precisa de efetivo! Mas precisa de efetivo! Despenderam
recursos conosco! Despenderam recursos! Nós estamos na fase final do concurso,
ou seja, houve um gasto público com a nossa formação! É só isso que nós
queremos aqui, Presidente, a sensibilidade do Prefeito. Nós não somos inimigos
do Prefeito, nós queremos a sua sensibilidade e a coerência com a sua campanha,
onde ele iria ampliar o efetivo da Guarda. Nós estamos aqui e queremos
trabalhar! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, Marcelo. Contem com o apoio desta Casa.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo – às 14h40min): Havendo
quórum, passamos à
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 144/13 – (Proc. nº 2321/13 – Ver. Clàudio Janta) – requer Moção de Solidariedade com os oitenta e quatro aprovados no
concurso 447 da Prefeitura Municipal de Porto Alegre para Guarda Municipal que
foram convocados em 2012/2 e até o momento não foram chamados para tomar posse.
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº
144/13. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação
do Requerimento nº 144/13.
O SR. PEDRO
RUAS: Prezado Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; meu caro Marcelo, que utilizou a tribuna há pouco - tivemos outro dia
a alegria de conversarmos sobre o tema; nossos convidados que nos honram com a
presença, guardas municipais concursados aprovados. A Moção do Ver. Clàudio
Janta traz à Casa uma oportunidade. Quando eu falei com o Marcelo e com mais
alguns companheiros que estão presentes aqui hoje, Guardas Municipais, eu lhes
disse que era muito importante - neste momento, falo também em nome da Ver.ª
Fernanda Melchionna, porque o encaminhamento é do PSOL –, que todas as formas
de pressão eram válidas e necessárias. E o Ver. Janta nos proporciona uma
dessas oportunidades. A presença de vocês aqui ou em qualquer outro ato
justifica a Moção e uma luta da Casa, porque nós sabemos, não apenas pela
obrigação que temos como Vereadores e Vereadoras de Porto Alegre, o que vocês estão
sentindo nesse momento. Nós sabemos também, pela experiência pessoal de cada
um, que este é um momento particularmente difícil, muitas vezes, de bastante
ansiedade e, em casos extremos, de depressão, porque é um investimento de uma
boa parte da vida adulta. Independentemente da idade que tenham – e são jovens,
em sua maioria –, têm, neste momento, a grande oportunidade. Tomara que seja a
primeira, mas nós sabemos que, muitas vezes, na vida, é a grande oportunidade,
sim. E vocês fizeram por merecer, porque se esforçaram e passaram no concurso
de provas e títulos. Isso, para nós, é o suficiente. Vocês foram aprovados,
segundo as regras existentes para esse concurso. E, lamentavelmente, por algum
equívoco, algum esquecimento, algum problema que nos foge o conhecimento, o
Prefeito resolve não nomear os Guardas Municipais aprovados em concurso público
em 2009, como diz a faixa lá em cima, do Concurso Público nº 447. Pois nós, do
PSOL, eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna, temos o entendimento. É nesse sentido a
minha fala, de que essa luta é justa e, por isso, tem o nosso integral e
absoluto apoio, e não só no dia de hoje, com essa Moção. Nós queremos que, em
todos os momentos, possam, sim, contar conosco.
Eu acho, Marcelo, que não podem descartar nunca a
via judicial. Acho que ela é o último recurso, é verdade, mas não a descartem,
porque eu já vi, em vários casos, os Tribunais decidirem a favor dos
concursados. Mas nós trataremos e faremos uma luta política séria, com bom
alcance, todos juntos, com uma chance muito grande de resolverem isto antes,
porque, acima de tudo, vocês buscam justiça, nada mais do que justiça. Não é
nenhum favor nomear quem passou em concurso; é uma obrigação do Poder Público.
Então aqui as pessoas presentes não pedem favores à municipalidade, pedem
justiça, pedem que sejam nomeados para o concurso em relação ao qual foram
aprovados; por isso a Câmara se mobiliza e tem muitos atos pela frente. Em
todos eles nós fazemos questão de auxiliar, de estarmos presentes, porque a
luta, repito, não é pedido de ajuda, tratando-se de algum favor a ser
concedido, é uma luta para trazer companheiros e companheiras para buscar
justiça. Esse é o sentido da presença de vocês. Este é neste momento o fator da
nossa maior motivação. Contem conosco. Um abraço. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras público que nos
assiste, os 84 concursados que estão aqui presentes, reivindicando algo de
direito, estou aqui falando em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores,
com total apoio aos 84. A nossa Bancada não só se solidariza como também estará
empenhada junto com vocês por ter certeza do direito que vocês têm, até porque
esse Concurso que foi feito...A gente sabe que há necessidade da habilitação de
vocês, até porque, Vereadores, é bastante estranho: conversando com alguns de
vocês, vocês falaram que já foram chamados, que fizeram a primeira parte de uma
avaliação prática no mês de outubro de 2012. Ver. Pedro Ruas, já foram
chamados. É estranho; eu não quero acreditar que seja isso, mas foram chamados
em véspera de eleições, realizaram a primeira parte, depois foram esquecidos.
Eu não quero acreditar que vocês tenham sido, de certa forma, enrolados, que
tenham sido...Espero que não tenha sido isso Ver.ª Mônica, espero que tenha
sido uma coincidência, mas também espero que o Prefeito Municipal dê ordens
para chamarem vocês para continuarem a realizar a segunda parte dessa
avaliação. Também sabemos que há empresas contratadas, terceirizadas para
realizar o serviço, Ver. Janta, para o qual vocês fizeram o Concurso. Então,
por que, se houve um Concurso, se as pessoas se prepararam, estudaram, fizeram
esse Concurso, foram chamadas para fazer a primeira parte da avaliação, Ver.
Nereu, o senhor que foi comandante daquela Guarda, que foi Secretário, sabe da
necessidade da Cidade; se eles fizeram esse Concurso, foram aprovados, foram
chamados em outubro para realizar a primeira parte, por que não se concretizar,
realizar a segunda parte para estarem preparados. Sabemos que já está findando
o prazo, Ver. Pujol, então, por que não realizar e deixar com que eles estejam
prontos e que a Prefeitura faça um esforço e chame esses 84 para cumprir aquilo
que está previsto no Edital. Nós, como Vereadores desta Casa, temos que liderar
esse movimento, junto com vocês, junto com a Prefeitura, para que sejam
chamados urgentemente a realizar a segunda parte... (Palmas.)
Então, em nome da Bancada do Partido dos
Trabalhadores, formada pelos Vereadores Alberto Kopittke, Sofia, Comassetto,
Marcelo Sgarbossa, nós nos solidarizamos com vocês, estaremos junto com vocês
nessa luta pelo direito que têm por ter realizado esse Concurso. Contem
conosco. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores,
eu vejo – nesta tarde, sou o terceiro a falar sobre o assunto –, provavelmente
em uma homenagem aos valiosos concursados que estão aqui presentes pugnando
pelo exercício de um direito, um fato, Ver. Nereu, extremamente significativo:
é que os dois maiores Partidos da Casa: PDT, por intermédio do Ver. Clàudio
Janta, faz um Requerimento de apoio a reivindicações justas dos amigos aqui
presentes; e, logo depois, por uma das suas mais expressivas Lideranças, o Ver.
Mauro Pinheiro, agrega o apoio também do Partido dos Trabalhadores, para a
imediata conclusão dos trabalhos e contratação desses 84 Guardas.
Acho que, neste momento, mais do que nunca, Ver.ª
Lourdes, há um reconhecimento da importância da Guarda Municipal aqui em Porto
Alegre, Ver. Nereu, e é necessário ser cumprido aquele seu objetivo de
vitalizá-la, adequadamente, para que ela cumpra, melhor ainda, suas
finalidades.
Então, eu quero, da mesma forma que o PSOL, com o
meu modesto voto, a minha Bancada sou eu, sozinho, me
agregar a esse apoio, quero prestar a minha solidariedade para não ser omisso
nesta hora.
Eu quero fazer um
apelo ao Prefeito Municipal, minha cara Ver.ª Mônica Leal, que esgote os seus
esforços, que busque com seus colaboradores um estudo o mais adequado possível
para superar essa dificuldade real, que é a falta de recursos do Município,
porque a Segurança, junto com a Educação e a Saúde, são prioridades
permanentemente colocadas.
É evidente, Ver.
Janta, que V. Exa. abre um caminho muito forte para nós, com a autoridade de
companheiro de Partido do Prefeito José Fortunati; V. Exa. também abriu o
espaço e a possibilidade de fazer esse apelo. Nem eu, nem a Mônica, nem o
Nereu, nem o Líder do Governo, ninguém quer que o nosso Prefeito deixe de dar o
apoio à Segurança desta Cidade. E, se a dificuldade existe, eu quero dizer alto
e bom som que acredito na capacidade do Prefeito para que, junto com sua base
aqui na Câmara Municipal, junto com a oposição, que já está solidária, nós em
conjunto temos que encontrar uma saída e contratar esse pessoal. Nós sabemos
que é necessário. Ou quem sabe vamos ignorar que são eles que nos protegem aqui
nesta Casa quando outros vêm aqui invadir? Não querem a proteção deles? Para
ter essa proteção, eu preciso apoiá-los, agora e já!
(Não revisado pelo
orador.)
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 144/13.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores; funcionários desta Casa; pessoal que está aqui nos assistindo nas
galerias; turma dos candidatos aprovados no concurso; demais pessoas que estão
nos assistindo pela TVCâmara; eu gostaria aqui, em primeira mão, de ler um
ofício. Também gostaria de dizer que este pleito é um pleito que não veio de um
mês para cá. Esse pleito não é um pleito que apareceu ontem, com a faixa dos
companheiros aqui, como alguns colegas tentam passar, agora, aos demais
presentes. Nós já estivemos, com as Lideranças, no Gabinete do Sr.
Vice-Prefeito; também já estivemos com o Secretário da Fazenda, com o
Secretário de Segurança. Já estive no Sindicato dos Municipários tentando
conversar e trazer, para reforço da nossa Guarda Municipal, esses 79 –- e
parece que cinco já desistiram – novos e qualificados concursados. Quem sabe,
torcemos e acho que vai haver essa sensibilidade do nosso Governo para que
sejam nossos colegas.
Então, gostaria,
aqui, de ler um ofício que foi encaminhado no dia 19 de junho, após algumas
tratativas e encaminhamentos com alguns companheiros que estão aqui presentes.
Há aqui muitos conhecidos, muitos amigos, mando um abraço para o meu querido
amigo Marcelo Centeno, filho de um grande policial, com o qual tive a honra de ter
trabalhado, que é o meu amigo Luiz Fernando Centeno (Lê.): “A Sua Excelência o
Senhor José Fortunati, Prefeito de Porto Alegre. Venho, mui respeitosamente, através deste, solicitar uma atenção especial,
dentre tantas necessidades e urgências, abordar uma demanda relativa à Guarda
Municipal que trará benefícios e resultados imediatos na melhoria dos serviços
prestados quanto à Segurança Pública.
Estando nós expostos
a todo tipo de movimento, inclusive com várias depredações, tornou-se mais
premente o aproveitamento dos 79 aprovados no último concurso que compõem o
quadro desta importante corporação, ainda não nomeados. Salientamos que temos
nestes agentes profissionais com significativa qualificação, inclusive
habilitando-os à atuação, com destaque, em outras regiões, como o Secretário de
Segurança de Gravataí. Fato este que confirma a riqueza que estamos
desconsiderando em plena crise e necessidade de aumento do contingente de
segurança, não só para este momento como para os grandes eventos que estão por vir.
Se mais, aproveitamos a oportunidade para enviar votos de elevada estima e
consideração. Ver. Delegado Cleiton”.
Então, essa luta não
é uma luta de agora. Essa é uma luta que estamos encaminhando, e a base do PDT
tem isso, nós estamos encaminhando, e está aí o Ver. Clàudio Janta trazendo uma
Moção que deverá ser votada hoje. E eu peço que seja votada por unanimidade,
porque é uma Moção que dá elevado prestígio a esses profissionais.
Recebi, agora, dia 31
de julho – e gostaria também de ler –, do Secretário Municipal de Segurança o
seguinte ofício (Lê.): “Venho mui
respeitosamente, através do presente ofício, responder ao pleito de Vossa
Senhoria para o aproveitamento dos 79 Guardas Municipais aprovados no último
certame. Inicialmente, cumpre nos informar que concordamos com a justificativa
apresentada em seu ofício para o ingresso dos guardas aprovados, pois é de
conhecimento desta secretaria, quanto à benesse que se produzirá com o ingresso
dos referidos guardas. Consequentemente, informamos que a Secretaria Municipal
de Segurança tomou todas as medidas possíveis, solicitando ao comitê gestor de
1ª instância, para verificar a viabilidade orçamentária (...).”
Também procuramos a
Academia de Polícia, junto ao seu Diretor, para que pudéssemos ter uma noção,
caso venha, e torcemos e queremos que seja nomeado, para que tivéssemos um
espaço para as aulas de tiro. Foi-me dito que, logo que esse pleito seja
aprovado, mesmo com o novo custo de inspetores, estão à disposição e terão
espaço, sim, até novembro, para que possam fazer o número de aulas necessárias.
(Palmas.) Então, estamos aqui colocando à disposição dos colegas, e sabemos da
necessidade, sabemos que reaproveitar é mais fácil do que abrir um novo edital
e vamos continuar conversando com o Prefeito Fortunati para que isso aconteça.
Obrigado, senhores. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Tarciso Fecha Negra está com a palavra para encaminhar a votação
do Requerimento nº 144/13.
O SR. TARCISO FECHA NEGRA: Boa-tarde,
Sr. Presidente, Bernardino Vendruscolo; Vereadores, Vereadoras e a todos que
nos assistem aqui e nos veem pela televisão. Vejo nomeados 84 Guardas
Municipais! Eu ouvi a fala do Marcelo, e sensibilizou-me muito, porque,
Bernardino Vendruscolo, no ano de 2009, eu fui eleito pelo Partido porque tenho
um carinho muito grande, o PDT. Quando entrei para o PDT, conversando com o Sr.
Brizola, ele perguntou se eu viria. Eu falei que era a minha bandeira, é a
minha bandeira a inclusão da criança, do jovem, por meio do esporte e da
educação. Eu vou falar um pouco do meu coração, o que eu sinto, de uma
segurança para trabalhar. Assim, eu estou há 20 anos, tenho escolinha de
futebol há 20 anos, lá na Vila Chapéu do Sol, no bairro Sarandi, no Sesc,
trabalhei ali no Parque Marinha. Eu me sentia muito tranquilo e seguro quando os Guardas Municipais passavam por mim e diziam: “E aí? Como é
que está? Tudo bem?”. É uma segurança. Por isso vocês têm esse apoio, porque a
inclusão social está com vocês, isso é importante. (Palmas.) É importante que
os governantes, o nosso Prefeito José Fortunati, do PDT, tenha essa
sensibilidade, Ver.ª Mônica, porque isso se chama inclusão social. Os Guardas
olhando pelas nossas crianças, pelos nossos jovens, 84 Guardas, gente, para uma
Capital de quase 2 milhões de habitantes. Então, vamos olhar em que Cidade nós
queremos viver: uma Cidade com segurança, com paz e pouca violência? Eu acho
que é nessa Cidade que nós queremos viver. Por isso, lá em 2009, na minha
primeira fala, eu lembro até hoje quando o Lasier me perguntou: “E aí, Tarciso,
estás eleito?” E eu respondi: Vocês me elegeram, eu fui eleito para trabalhar
para o povo de Porto Alegre. Eu devo muito a esse povo, que me deu muito; não
só o Grêmio, que me deu o carinho, o aconchego de chegar aqui na terra de
vocês, abrir essa porteira, entrar e realizar o meu sonho, que é a inclusão da
criança, do adolescente e do jovem, através da educação, do esporte e do lazer.
Então, tem e sempre terá o nosso apoio, Ver. Bernardino. Obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, Ver. Tarciso Flecha Negra. A Ver.ª Fernanda Melchionna está
com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13, pela
oposição.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa-tarde a
todas e todos, quero cumprimentar, em nome de toda a futura categoria, os
colegas que lutam pela segurança e pelo direito ao trabalho. Em nome do
Marcelo, cumprimento todos vocês, cumprimento o Sindicato, lutando pela
valorização do serviço e do servidor público. (Palmas.) Quero trazer três
coisas, Ver. Clàudio Janta. Primeiro, o apoio da oposição à Moção; nós não só
votaremos favoravelmente à Moção como temos certeza de que vai ser votada por
unanimidade nesta Casa, pelo tom das Bancadas que vêm aqui se manifestar.
(Palmas.) Segundo, quero falar da gravidade da situação da Guarda Municipal, do
tempo que joga contra os trabalhadores e, sobretudo, contra a população de
Porto Alegre. O concurso foi realizado em 2009, e o prazo para chamamento
desses trabalhadores inspira em novembro. Muitos já foram chamados para fazer o
psicotécnico e largaram os seus empregos porque apostaram em valorizar a
política de Segurança pública no Município de Porto Alegre, e, agora, esperam,
com ansiedade, a resposta do direito ao trabalho, daqueles que estudaram, que
se esforçaram, que passaram por um concurso público difícil. E nós sabemos que,
em via de regra, são provas dificílimas e, por outro lado, boa parte da
categoria não tem sido chamada para as vagas excedentes, que, na verdade,
faltam dentro do serviço público municipal, como é o caso dos técnicos em
enfermagem, pois os hospitais precisam dos técnicos. No caso da Guarda, chega a
ser escandaloso porque, há dez anos, a Guarda tem o mesmo efetivo: mais de 600
vagas para uma população que aumentou exponencialmente. Porque dentro dessas
vagas, 150 estão em vacância, e, ao mesmo tempo, é necessário reforçar essa
relação da sociedade com a política de segurança, numa prática de política
preventiva, como é o caso da Guarda nas escolas, da Guarda nos parques, da
Guarda perto da comunidade e das estruturas do nosso Município de Porto Alegre.
Agora, mais escandaloso que as promessas falsas em campanha eleitoral...
Porque, em época de eleição, saúde, educação e segurança são prioridades, e,
mal passou a eleição, o que recebemos nesta Câmara foi um projeto aumentando o
número de CCs que impactou em R$ 8 milhões o gasto do Governo Municipal com o
verdadeiro cabide de empregos que eles criaram nas Secretarias, nas autarquias.
E não veio dinheiro para a Saúde, não veio dinheiro para a Educação, não veio
dinheiro para a Segurança, porque, além da luta para valorizar e aumentar o
efetivo de Guardas Municipais, tem a própria luta da Guarda, de melhorar o
padrão, de buscar a valorização de uma categoria tão importante. (Palmas.)
Agora, para além das falsas promessas eleitorais, nós temos outro ponto, um
terceiro ponto que eu queria trazer para nós discutirmos na tarde de hoje, que
é a terceirização.
Então, nós temos: o
desmonte do serviço público; a criação de CCs para acomodar os Partidos
políticos aliados, tratando as Secretarias como feudos dos Partidos políticos e
não discutindo os programas para a Cidade; e a terceirização, que é a porta
aberta para a corrupção. É por isso que quero terminar falando desta questão:
quinze milhões de reais pagos para dois contratos de segurança terceirizados,
enquanto temos 84 trabalhadores lutando para entrar nos quadros da Prefeitura
Municipal! (Palmas.) Não só é o desmonte do serviço público e, portanto, o
desmonte daquilo que é essencial para a nossa população, como é a porta aberta
para a corrupção. Infelizmente, foi justamente numa terceirização, na área da
Segurança, que ocorreram denúncias de propina: na Reação, que fazia segurança dos
postos de saúde da Capital. Os donos da Reação tinham uma ficha corrida na
Polícia de dar inveja ao crime organizado. E é por isso que temos que combater
a terceirização e lutar pela valorização do serviço público. É uma vergonha -
concluo, Presidente - que eles digam que não há dinheiro para chamar esses
trabalhadores. São R$ 15 milhões com a terceirização de duas empresas em Porto
Alegre. É fundamental que se suspendam os contratos e que se valorize o serviço
público de qualidade. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 144/13.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras
e senhores que passaram no concurso da Guarda Municipal, meu Líder Cassio
Trogildo, Ver. Paulo Brum, Ver. Elizandro Sabino, acho muito importante a
Guarda Municipal e acho que ela está defasada, realmente. Precisamos buscar uma
alternativa e chamar esses senhores que passaram no concurso, acho que temos
que buscar e encampar essa luta junto com vocês. A Bancada do PTB está junto
com vocês. E quero dizer o quanto é importante a Guarda Municipal. Aquele dia
que houve a ocupação aqui, quem foi lembrada, imediatamente? A Guarda
Municipal. A Guarda Municipal estava aqui. Como foi importante vocês estarem
aqui, naquele dia, dando sustentação para a Câmara no episódio da ocupação. A
Guarda Municipal é quem dá proteção ao patrimônio público.
Quero dizer para
vocês que realmente precisamos buscar uma alternativa, junto com vocês, para
que vocês comecem a trabalhar o quanto antes. Temos que buscar essa alternativa
para vocês! Quando tem o patrimônio público, quando há as demandas, quando há
manifestações, quem é lembrada? A Guarda Municipal. Então, a Guarda Municipal é
até mais importante do que a Brigada Militar, porque a Guarda dá sustentação ao
Município. Podem contar com o apoio da nossa Bancada, estaremos com vocês,
porque vocês são trabalhadores e estão contando e sonhando com isso. Quem sabe
até já estejam projetando as suas vidas lá na frente e estão sem trabalhar?
Temos que ajudar vocês a buscar essa alternativa para começar a trabalhar.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
(Manifestações das
galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para encaminhar a votação
do Requerimento nº 144/13.
O SR. PAULINHO MOTORISTA: Boa-tarde,
Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; demais Vereadores, pessoas que nos
assistem pela TV, em casa, e pessoal que está presente nas galerias, pessoas
concursadas que estão reivindicando os seus direitos de trabalhar. Estive
conversando com o Marcelo, na semana passada, sobre a situação desse concurso,
do qual os concursados não foram chamados, e quero dizer que, sim, temos que
ter o maior respeito por essas pessoas que são concursadas e que estão aqui
reivindicando, pacificamente, seus direitos. Quero
dizer que a Guarda Municipal é, sim,
importante para toda a população de Porto Alegre, porque, assim como a Brigada
Militar, sempre que se chega a algum local onde a Guarda Municipal está
presente, ela já dá um respeito ao ambiente pela sua capacidade, pela sua
experiência como seguranças. Eu trabalhei 24 anos como motorista de ônibus,
orgulho-me muito disso, e muitas vezes precisei da Guarda Municipal para me
apoiar. Certa vez estive numa situação, na Avenida Juca Batista, quando deu uma
confusão no fundo do coletivo que eu dirigi: parei o coletivo, fui até a porta
de trás, onde dois cidadãos estavam brigando, inclusive armados, eles foram
retirados do coletivo por três Guardas Municipais que estavam viajando comigo e
tomaram conta da situação. Estavam crianças, mulheres no fundo do coletivo e a
Guarda Municipal solucionou o problema. Fiquei muito grato a eles, porque a
Guarda Municipal sempre está presente, sempre está abaixo de mau tempo, no meio
da confusão. Todos assistem pela TV os Guardas Municipais, mesmo que abaixo de
mau tempo, presentes nas situações mais perigosas, garantindo a segurança da
população. Vocês 84 que fizeram o concurso, estudaram, batalharam para isso,
têm o direito de assumir suas vagas, com certeza. Quero dizer que se depender
do meu apoio como Vereador, estarei sempre dando uma força para vocês,
trabalhando, conversando com o nosso Prefeito para que vocês consigam assumir
suas vagas de direito, porque eu me sentiria muito triste se estivesse no lugar
de vocês. Eu me coloco no lugar de vocês que estão aí apreensivos esperando
para assumir suas vagas. Quero dizer, Marcelo, que a gente vai fazer a nossa
parte, acredito que eu e mais os 35 Vereadores com os quais trabalho aqui. Um
abraço a toda a Guarda Municipal.
(Não revisado pelo orador.)
(Manifestações nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Clàudio Janta está com a
palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13, como autor.
O
SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente, nós apresentamos, a pedido dos 84
Guardas Municipais aprovados nesse concurso, uma Moção de Solidariedade, e
também já marcamos - o Presidente desta Casa e eu - uma audiência com a
Secretária e o Secretário para ver essa questão.
Aqui nesta Casa se ouve muito uma frase, que os
nossos Guardas Municipais devem ouvir muito em suas casas, pois são trabalhadores:
a falta de dinheiro. A falta de dinheiro quando os nossos filhos, quando as
nossas esposas ou esposos querem alguma coisa, e temos que ver o nosso
orçamento particular. E aqui se ouve muito isso: “Não dá para fazer porque não
tem dinheiro, porque está abaixo do Orçamento”. Mas a nossa Prefeitura vem
gastando muito mais em terceirização no serviço de segurança, como já foi dito
aqui: são mais de R$ 15 milhões em serviços terceirizados da Guarda. Este é o
gasto, fora o passivo que fica disso, porque muitas dessas empresas vão embora
e deixam os vigilantes à mercê, e a Prefeitura, como é um agente solidário da
contratação desses vigilantes, gera um aporte financeiro
muito maior do que esses R$ 15 milhões. Nós achamos que as nossas escolas, as
nossas praças, os nossos parques, os nossos postos de saúde, as nossas Unidades
Básicas de Saúde, as nossas UPAs, precisam da presença maciça e diária da
Guarda Municipal. (Palmas.) Segurança pública se faz com a presença constante
dos agentes de segurança. Por isso, nós encaminhamos esta Moção de Apoio.
Pedimos a todos os Vereadores que aprovem esta Moção de Apoio para esses 84
Guardas Municipais, esses 84 chefes de família que vêm à Casa do Povo pedir a
nossa intervenção.
E já ouvimos relatos
do próprio Secretário de Segurança do Município sobre o déficit de agentes que
tem a Guarda Municipal. Então, nós temos 84 agentes aptos e prontos a
ingressarem na Guarda Municipal. E há necessidade de o Município ter esses
agentes. O Marcelo e o Gustavo estão constantemente aqui na Câmara nos
subsidiando com esses argumentos, nos subsidiando com tudo o que nós
precisávamos para apresentar essa Moção, para discutirmos aqui na Casa do Povo
esse tema que é de interesse da população de Porto Alegre, que clama há muito
tempo não só por saúde, não só por habitação, não só por educação, mas
principalmente por Segurança pública. E a Guarda Municipal é um desses agentes
para ajudar a melhorar um pouco a vida dos trabalhadores e dar um pouco mais de
conforto e segurança às famílias dos trabalhadores desta Cidade.
Com força e fé nós
vamos seguir melhorando a vida das pessoas de Porto Alegre, com mais agentes
integrando a nossa Guarda. Pedimos aos Vereadores que aprovem esta Moção. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. João Derly está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 144/13.
O SR. JOÃO
DERLY: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; demais Vereadores, público
que nos assiste pela TVCâmara, futuros servidores aprovados, as 84 famílias que
estão aqui, em nome da Bancada do PCdoB, em meu nome e da Ver.ª Jussara Cony,
companheira de guerra e de muita luta, de guerra e paz, trago a nossa
solidariedade à Moção de Apoio proposta pelo Ver. Clàudio Janta, porque sabemos
da sua importância. Foram aprovados no concurso de 2009 e ainda não foram
chamados. Isso não é qualquer pedido, na verdade, não tem nem que ser um
pedido, é um direito de vocês. Vocês não estão aqui fazendo um pedido, estão
exigindo. Então, direitos conquistados têm que ser regulamentados, vocês têm
que ser chamados o quanto antes. Têm que ser levadas em consideração as 84
famílias que dependem disso, porque precisamos pensar também na parte social,
senão só lidaremos com números. São R$ 15 milhões, eu ouvi falar, de gastos com
terceirizados; resolveríamos esse problema chamando os 84, que hoje, como disse
o Ver. Delegado Cleiton, já estão em número menor, porque alguns desistiram de
assumir. Que triste. A gente não pode negar a relevância deste tema, pois a
saúde e a segurança são os temas de maior relevância da nossa Cidade. E vou
citar um exemplo: faltam guardas nas escolas, onde há uma necessidade muito
grande de ter o seu acompanhamento. Eu vivenciei um problema assim no Morro da
Cruz, onde havia um traficante no dia do Mais Escola, num sábado, que estava lá
bem exaltado, e não tinha um Guarda para contê-lo. Então, há uma necessidade
muito grande de a gente chamar todo esse pessoal que está reivindicando os seus
direitos. O Marcelo me tinha comentado antes que o efetivo de Guardas de Porto
Alegre é o menor de todas as Capitais do nosso País. Isso é vergonhoso! Eu fico
triste em saber uma notícia como essa. Diante disso, colocamos o meu Gabinete,
o da Jussara, a nossa Bancada à disposição. Além disso, a Frente Parlamentar em
Defesa do Servidor Municipal por um Serviço Público de Qualidade... Nós
estivemos conversando, há pouco, com o Líder do Governo, Ver. Ferronato, e
propusemos chamar uma audiência com o Prefeito, juntamente com o Vereador, para
que a gente possa discutir esse assunto e sensibilizar o Executivo a cumprir
aquilo que tem que cumprir. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Valter Nagelstein está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13.
O SR. VALTER
NAGELSTEIN: Sr. Presidente, Ver. Bernardino; Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
meus caros concursados aguardando o chamamento; eu conversei com alguns ainda
esta semana, não me recordo se foi segunda-feira ou no final da semana passada,
quando me relataram que já passaram por várias etapas da qualificação e que
estavam simplesmente aguardando a última etapa e a assunção do cargo para o
qual fizeram o devido concurso, se submetendo à prova.
Eu quero dizer a vocês que, por uma felicidade de
um acordo nosso, sou Presidente da Comissão de Economia e Finanças da Câmara,
que tem por atribuição a fiscalização das contas do Município. Nós, agora,
estamos trabalhando com o Plano Plurianual e tivemos a oportunidade de
dissecar, de abrir essas contas. Eu acho que assiste muita razão a muitos dos
Vereadores que me antecederam nesta tribuna quando dizem que nós temos, sim,
que remanejar algumas rubricas para ensejar que algumas áreas da Administração,
Ver.ª Mônica, que eu acho que estão mal-atendidas, e algumas visões que, no meu
humilde entendimento, estão equivocadas, possam ser revistas.
Ao pleito de vocês eu somo o pleito dos fiscais da
Prefeitura Municipal, não só da GIA, que é uma gratificação que os fiscais
estão reclamando, alguns deles, com muita razão. Eu cito, especialmente, os
fiscais da SMIC – Secretaria da qual fui Secretário –, que têm uma tarefa
enorme.
Mas as corporações – e as corporações,
infelizmente, são iguais: pode pegar a mais alta, a dos juízes; pode pegar a
mais baixa, a dos garis –, muitas vezes, pensam só nos interesses próprios.
Aqui na Câmara, nós aprovamos a gratificação dos funcionários da Fazenda;
depois, nós aprovamos a gratificação dos funcionários da Procuradoria-Geral do
Município; depois, nós aprovamos a gratificação dos funcionários do GPO, e
foram se criando elites. Aqueles que ficam de fora – com razão – vão ficando
insatisfeitos! Ou nós temos parcimônia na hora de conceder a gratificação,
antevendo eventuais desequilíbrios que isso possa trazer e insatisfações que
possam decorrer desses desequilíbrios, ou nós não damos a gratificação, porque
o que tem acontecido é se aprofundarem desníveis e desigualdades. Uns trabalham
muito satisfeitos, ganhando lá em cima; outros, infelizmente, estão aí à
míngua, tendo que, na verdade, quase que mendigar por uma gratificação, por um
determinado aumento que é absolutamente justo.
Nós temos áreas como a SMOV, por exemplo, onde
fiscais têm que ser recolocados para fiscalizar calçada, para fiscalizar obra.
Nós temos a SMURB, onde tem que ser colocada gente, sim, porque a Cidade está
parando! No DMLU, tem que botar fiscal no DMLU porque os fiscais têm que
sair... Infelizmente, nós ainda estamos numa sociedade em que o cara acha mais
fácil pegar o lixo, botar na caçamba do carro e jogar na beira do Guaíba.
Então, tem que ter um fiscal para ir lá e para aplicar uma multa! É ruim
receber uma multa? É! Mas é também educativo. Infelizmente, no nível
educacional em que nós ainda estamos, a nossa sociedade, nós ainda temos que
recorrer a este caminho para fazer a devida educação da sociedade. Mas isso não
se faz se nós não colocarmos gente para dentro, e se essas pessoas não
estiverem qualificadas.
A Cidade precisa crescer, a Cidade precisa aumentar
a receita. A Cidade só vai aumentar a receita se aumentar IPTU e se aumentar
ISS, senão não tem nem como fazer política funcional, não tem nem como dar
aumento porque não aumenta a receita!
Então, nós não avançamos nem por um lado, nem por
outro. Eu quero deixar o meu apoio aqui a vocês. Quero dizer que vou me somar
para que vocês sejam, imediatamente, chamados. (Palmas.) Mais do que isso:
quero me somar para que a gente encontre uma forma de dar a GIA para os fiscais
da SMIC, de dar gratificações para os outros fiscais, de chamar mais fiscais.
Agora, quero lembrar que é uma tarefa árdua. Quando
eu era Secretário da SMIC, num determinado momento, tinha Guarda Municipal lá,
até que disseram: “Agora nós vamos desativar a Guarda e colocar alarme aqui”.
Foi uma tragédia! Seis meses depois, quando chegamos lá de manhã, uma quadrilha
tinha explodido o caixa eletrônico e arrebentado tudo dentro da Secretaria. Por
quê? Porque não tinha a presença física da Guarda Municipal. (Palmas.) A mesma coisa vale para escola, a mesma coisa vale para posto de saúde:
tem que ter, tem que ter estrutura!
Mais do que isso: a Guarda já deveria estar
integrada na questão da segurança também, se nós olhássemos para isso e
destinássemos orçamento; integrada com a Brigada Militar, com a Procempa, num
sistema de vigilância eletrônico da Cidade. Deveríamos olhar para isso e
destinar orçamento! Eu acho que, nos próximos dois ou três anos também, nós
temos que caminhar para isso: reequipar a Guarda e as fiscalizações, ter um
sistema de vigilância eletrônico e um convênio da Brigada com a Guarda
Municipal. Para isso tudo, é preciso revisitar o orçamento e as prioridades.
O Ver. Janta, outro dia, estava chamando a atenção
– e eu havia chamado – de que tem 50 e tantos milhões destinados para obras
temporárias da Copa. O que é isso? É para montar um toldo lá na época da Copa
do Mundo. São 54 ou 55 milhões. É muito dinheiro, gente! Tem que revisar isso,
tem que botar dinheiro onde precisa, senão a Prefeitura vai parar, como, de
fato, está parando.
Eu quero aproveitar este espaço para manifestar
também, por último, Presidente, a minha solidariedade aos Guardas Municipais.
Eu acho que os protestos que aconteceram no nosso País são muito bem-vindos,
mas nós temos que saber dividir. (Palmas.) A Prefeitura Municipal,
infelizmente, foi atacada – e é noticiário –, mais de uma vez ao longo desses
protestos. E eu vi futuros colegas de vocês machucados, eu vi 40 vidraças da
Prefeitura destruídas, eu vi viaturas novas da Guarda Municipal destruídas, eu
vi motos destruídas. Então, também temos que ter essa consciência. Preparem-se,
porque a atividade de vocês, às vezes, é ingrata. Vocês têm por missão a
preservação do patrimônio do Município, e, às vezes, existem interesses
políticos que colocam vocês como malfeitores, como inimigos. A Prefeitura não
foi incendiada no dia 27 de setembro, eu lá estava, porque oito ou nove
valentes e heroicos Guardas Municipais resistiram a uma tentativa de mais de
duas mil pessoas. (Palmas.) Volto a dizer: os protestos são muito bem-vindos.
Que bom que esses protestos repercutam lá na urna em outubro do ano que vem, e
que a gente possa depurar as instituições, a política e o nosso País. Que nós
consigamos valorizar aqueles servidores públicos que, de fato, merecem, mas que
aproveitemos todas essas lições, as recentes, especialmente, para tentar
construir novos modelos em que se preserve o servidor e se preservem, também,
as instituições. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13.
A SRA. MÔNICA
LEAL: Presidente desta Sessão, Ver. Bernardino; e Presidente Dr. Thiago, que,
neste momento, está aqui no plenário; Srs. Vereadores, Vereadoras, pessoas que
nos assistem e que participam desta Sessão, aqueles que estão em casa; este é
um momento muito difícil na minha vida, quero que vocês saibam, porque tenho
plena consciência da situação financeira em que se encontra o Município, a
cidade de Porto Alegre. Acompanhei todas as manifestações do Prefeito, do
Vice-Prefeito, sei da necessidade de cortes, mas quero fazer um apelo ao
Prefeito da minha Cidade: corte em tudo, mas não na Segurança! Nada acontece
sem a Segurança! Através da segurança é que nós temos postos de saúde
funcionando, escolas, as crianças e os professores com segurança, os parques;
por tudo a segurança é responsável.
Então, eu faço um apelo, pois, muito mais
importante do que os Vereadores, é que a cidade de Porto Alegre apoie esses 84
que passaram no concurso e estão apenas esperando a nomeação. Este é um momento
extremamente delicado que me leva a subir a esta tribuna e fazer tal
solicitação. Saibam vocês, consciente das necessidades de corte, respeitando a posição
do Prefeito e do Vice-Prefeito, mas faço um apelo: por favor, apoiem a
Segurança de Porto Alegre neste manifesto que está aqui. Obrigada. (Palmas.)
(Revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13, pelo Governo.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Caro Presidente dos trabalhos, Ver. Bernardino Vendruscolo; Presidente
da Câmara que está presente, também, na Sessão; Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores e, em especial, nossos aprovados no concurso para a Guarda
Municipal, um abraço a todos vocês. Eu, como Líder do Governo, adotei a tática
de esperar e ouvir as Bancadas com suas posições. E vocês, que estão atentos aí
na plateia e aplaudindo insistentemente, perceberam que todas as Bancadas aqui
da Câmara significa todos os Vereadores da Câmara, significa todos os Partidos
da Câmara, e, como nós representamos todo o povo de Porto Alegre, significa a
voz do povo clamando pela nomeação de vocês. É a síntese, e vejam que é uma
síntese interessante. Partindo disso e ouvindo as posições de todas as
Bancadas, vocês têm um objetivo, claro: serem nomeados. Vocês têm um problema
que também é complicado: o curtíssimo prazo para a expiração do prazo de
validade do concurso, que é novembro. Do que precisamos, então? O Comitê
Gestor, é verdade, se reuniu; e, o que não é novidade para ninguém, as finanças
têm suas dificuldades, mas acho que essa posição apresentada, aqui, pela
maioria, que diz que Segurança também é Educação e Saúde, nos conduz a dizer
que na área da Saúde, Educação e Segurança não deveria haver corte. Essa é a
posição de todos nós aqui do Plenário.
Portanto, peço que todos apoiem a proposta do Ver.
João Derly, que é de nos reunirmos com o Prefeito Municipal de Porto Alegre.
Faremos o seguinte: através da nossa Frente, capitaneada pela Ver.ª Jussara,
com a presença dos Líderes de Partidos e de outros Vereadores que quiserem
estar conosco, e presente também uma Comissão de vocês, vamos marcar um
encontro com o Prefeito Municipal. Vamos apoiar a proposta do Ver. João Derly.
Um abraço a todos e obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PEDRO
RUAS: Apenas gostaria de fazer um registro, Presidente Ver. Bernardino
Vendruscolo: já que o Ver. Ferronato falou como Líder de Governo, diz ele que
como Líder da oposição, aceito a proposta de S. Exa...
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Mas já houve uma fala da Liderança da oposição.
O SR. PEDRO
RUAS: Não, não. A proposta que foi feita agora, aqui na tribuna. Que aceito a
proposta do Ver. João Derly...
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Não, mas tudo bem.
O SR. PEDRO
RUAS: O Ver. Ferronato fez agora, um chamamento, nós aceitamos e queremos a
reunião com o Prefeito. É isso.
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O.k. Obrigado.
O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 144/13, como Presidente.
O SR. DR.
THIAGO: Eu quero, na condição de Presidente desta Casa, fazer uma saudação muito
calorosa a vocês. A luta e a vitória deve ser toda creditada ao esforço, à
organização e à persistência de vocês. Quero fazer uma saudação muito especial
aos membros da comunidade do Lami, Belém Novo, Ponta Grossa e Restinga que se
encontram aqui. Além da questão da expectativa de direito que foi gerada nesse
processo de vocês ao longo dessas reuniões que nós tivemos - primeiro
isoladamente, depois incluindo alguns colegas Vereadores mais sensíveis à
causa, principalmente o Ver. Janta, que foi o norteador da Moção e que efetivamente
teve a clarividência de propô-la -, nós observamos que, muitas vezes, muitos de
vocês deixaram as atividades que antes exerciam para poder efetivamente se
preparar melhor para o concurso, já com a expectativa da vaga norteada. Então,
além dessa questão social, eu quero dar aqui um depoimento: nós, Câmara
Municipal de Porto Alegre, somos o principal exemplo da necessidade do trabalho
de vocês. (Palmas.) O principal exemplo da necessidade de resguardar e de
garantir o Estado Democrático de Direito. A presença de vocês, a nomeação de
vocês, a finalização do concurso que vocês iniciaram é fundamental para as
atividades desta Casa. Algumas pessoas não sabem, mas esta Casa é um próprio
municipal, tem servidores de grande valia, mas precisa, carece de mais recursos
humanos. Sob essa ótica, nós, na semana passada, inclusive, aperfeiçoamos e
estabelecemos um conveniamento com a Secretaria de Segurança. Nós esperamos que
parte desses recursos repassados pela Câmara à Secretaria de Segurança possam
ser alvo e possam ajudar na nomeação de vocês.
Para finalizar, eu quero dizer que não é só a
Câmara Municipal que precisa muito das atividades de vocês, eu acho que em
todas as Secretarias, como bem disse o Valter, a atividade de vocês vai ser
muito importante. Na que eu trabalho, por exemplo, a Secretaria Municipal da
Saúde, a atividade de vocês, resguardando a integridade das pessoas que
trabalham na unidade de saúde e fazendo inclusive um inter-relacionamento com
as pessoas que acorrem aos nossos postos de saúde, poderia substituir inclusive
serviços que lá existem, como o serviço de portaria, trazendo a continuidade e
tornando esse serviço perpétuo. A pessoa identificada com o posto de saúde, o
servidor público municipal da Guarda prestando um serviço, guarnecendo o posto,
poderia funcionar, naquela unidade, inclusive como uma pessoa que pode se
inter-relacionar com a comunidade, assim como é feito com os guardas que já
trabalham em algumas escolas municipais. Podem ter certeza de que estamos
juntos com vocês nessa luta, e que o mérito e a vitória são todos de vocês.
Parabéns e continuem mobilizados!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Queremos registrar a presença aqui nesta Casa do
Prefeito de Veranópolis, Carlos Alberto Spanhol. Seja bem-vindo!
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Pedro
Ruas, o Requerimento nº 144/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 27 votos SIM.
O SR. PAULO BRUM (Requerimento): Eu requeiro,
depois de ouvido o Plenário, a inversão da priorização da Ordem do Dia para nós
apreciarmos agora o PR nº 012/13, de minha autoria, que concede o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre à Associação de Assistência à Criança
Deficiente - AACD.
(O Ver. Dr.
Thiago assume a presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Paulo
Brum. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1459/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 012/13, de autoria do Ver. Paulo Brum, que concede o Troféu Câmara
Municipal de Porto Alegre à Associação de Assistência à Criança Deficiente –
AACD.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica
para a tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 10-07-13.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PR nº 012/13. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. JUSSARA CONY (Requerimento): Quero fazer um requerimento, com base no
art. 81 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre (Lê.): “Decorrido o prazo
de 45 (quarenta e cinco) dias do recebimento de quaisquer proposições em
tramitação na Câmara Municipal, seu Presidente, a requerimento de Vereador ...”
No caso, eu e o Ver. João Derly solicitamos a inclusão na Ordem do Dia, para
ser discutida e votada, independentemente de parecer... Por que estou fazendo
isso? Hoje, faz sete anos da votação da Lei Maria da Penha, contra a violência
doméstica e familiar. Exatamente por fazer sete anos, nós estamos pedindo que
seja votado o nosso PLL nº 060/13, que se destina a incluir, nos currículos
escolares do Município de Porto Alegre, em todos os níveis, o conteúdo da Lei
Maria da Penha.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Desculpe-me, o seu Requerimento, Ver.ª
Jussara Cony, é em que sentido?
A SRA. JUSSARA CONY: No sentido de inclusão do PLL nº 060/13
para votação, conforme o art. 81. Ou seja, passados os 45 dias estabelecidos
neste artigo, que nós possamos votar o Projeto. É um pedido de urgência. Só
pedi o microfone de apartes porque hoje faz sete anos da votação da Lei Maria
da Penha, promulgada na Nação brasileira. É uma forma de esta Câmara homenagear
a luta daquela mulher e de todas as mulheres e homens que lutam contra a
violência. (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Perfeito, parabéns, Ver.ª Jussara Cony.
Apregoo Requerimento de autoria da Ver.ª Jussara
Cony e do Ver. João Derly.
Eu quero só dizer aos nossos futuros Guardas
Municipais que, provavelmente, na segunda-feira, estaremos com a Moção pronta,
e fazemos questão – o Ver. Clàudio Janta já me passou – de entregá-la para
vocês no Salão da Presidência. Na segunda-feira, nós vamos entregar a Moção
pessoalmente para vocês. E aí passem aos demais, por favor. (Palmas.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 1890/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 018/13, que dispõe
sobre o Plano Plurianual para o quadriênio de 2014 a 2017 e dá outras
providências. Com Emendas nos 01 a 67.
Parecer:
-
da CEFOR. Relator Ver. Guilherme Socias Villela: pela aprovação do
Projeto e das Emendas nos 07, 14, 16, 21, 23, 27, 29, 31, 37, 39,
41, 42, 44, 49, 53 e 57 a 67; e pela rejeição das Emendas nos 01 a
06, 08 a 13, 15, 17 a 20, 22, 24 a 26, 28, 30, 32 a 36, 38, 40, 43, 45 a 48, 50
a 52 e 54 a 56.
Observações:
- para
aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores
- art. 53, “caput”, c/c art. 82, “caput”, da LOM;
-
o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do
art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
-
para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição,
será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art.
120, VI, do Regimento da CMPA;
- durante a
Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 2º, do Regimento);
-
incluído na Ordem do Dia em 05-08-13;
-
discutiram a matéria os Vereadores Sofia Cavedon, João Derly, Idenir Cecchim,
Alceu Brasinha, Clàudio Janta, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Reginaldo
Pujol, Paulo Brum (cedeu p/ Alceu Brasinha), Airto Ferronato, Alberto Kopittke,
Márcio Bins Ely, Mario Fraga e João Carlos Nedel, em 05-08-13.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão o PLE nº 018/13. (Pausa.) O Ver.
Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLE nº 018/13.
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Vereadoras, Vereadores, público que nos assiste, na
verdade o debate de conteúdo já foi feito por diversos Vereadores, e a fala da
Ver.ª Fernanda Melchionna é exatamente a do PSOL e aquilo que nós temos como
posição e como Emendas em relação ao Plano Plurianual.
Eu quero registrar aqui, Sr. Presidente, esse viés
autoritário que o Executivo Municipal traz no momento em que coloca um projeto
de metas; ou seja, é um projeto de objetivos, não é um projeto de dados
concretos, é algo que se quer, é um plano do ideal dentro das possibilidades da
Capital. E, em um plano do ideal, o Executivo Municipal, que não representa
sozinho a Cidade – Porto Alegre é representada pelo Executivo e pelo
Legislativo –, entende que a colaboração do Legislativo é dispensável. E tanto
entende assim que já coloca que, a exemplo do famoso caso da isenção do ISSQN,
as Emendas são dispensáveis ou, se apresentadas, não devem ser aceitas. Ora,
essa é uma visão de quem entende que representa sozinho e por si, como Poder
Executivo, o conjunto da municipalidade, o que é um grave equívoco. Não é
apenas uma miopia em termos de ótica administrativa e política, mas é também
uma posição ideológica, por quê? Porque despreza a democracia, despreza
exatamente o contraponto e a contribuição que o Legislativo poderia e tem a
obrigação de dar. Na verdade, o Executivo desconsidera uma circunstância que é
absolutamente singular e importante. Quando há uma eleição para a Prefeitura,
lá fica somente representado o Partido, ou aliança de partidos, que obtém a
vitória numérica eleitoral. Portanto, apenas os que vencem, e não há proporção
com relação àqueles que perdem, mesmo por pouco. O Legislativo é diferente, por
isso são eleições proporcionais. Aqui, os Partidos são representados
proporcionalmente ao número de votos que fazem nas eleições. Ao contrário do
Executivo, onde apenas o vitorioso, o vencedor pode exercer o mandato.
Portanto, a Câmara é mais plural, obviamente, e mais representativa do que o
próprio Executivo. É assim em qualquer sistema semelhante ao nosso no Brasil,
em todos os legislativos em relação a qualquer executivo. Quem desconsidera,
portanto, a contribuição que o Legislativo pode e deve dar tem, sim, um viés
ideológico antidemocrático. E é nesse sentido, Presidente, Ver. Dr. Thiago, que
há uma posição nossa de inconformidade. Não é possível desprezar a contribuição
necessária, obrigatória, que a Câmara Municipal pode e deve dar através das
emendas que os Parlamentares e Partidos apresentam. Elas não podem ser
cortadas, simplesmente, porque não são emendas do Executivo, porque não foram
acertadas ou negociadas com o Executivo. Não é assim que funciona um plano de
metas! Ele é muito mais abrangente, por exemplo, que a LDO, que, por sua vez, é
mais abrangente que o Orçamento. Um plano de metas não pode dispensar objetivos
grosso modo, é o inverso o procedimento! Tem que ter muito critério para desprezar
uma meta, um objetivo. É o inverso do Orçamento, cujo critério mais duro é para
aceitar, já que ali, sim, é o concreto, é o valor já definido. Então a
manifestação que fazemos nesta discussão é exatamente esta: o caráter
antidemocrático, exclusivista que o Executivo adotou, desprezando as
contribuições através de Emendas do nosso Legislativo Municipal!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
discutir o PLE nº 018/13, por cedência de tempo do Ver. Mauro Pinheiro.
O
SR. ENGº COMASSETTO: Prezado Presidente, colegas Vereadores e
Vereadoras, senhoras e senhores, nós sempre consideramos que o Plano Plurianual
e a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO são os Projetos mais importantes que
nós temos para votar. E um Plano Plurianual que traça as metas para os próximos
quatro anos, é óbvio que tem que vir na avaliação do Plano que foi aprovado e
que está vencendo agora nesses quatro anos. E quero dizer o seguinte: a maioria
das metas que foram aprovadas nesta Casa não foram cumpridas nesses quatro
anos. Algumas delas, inclusive, foram suprimidas nesse novo Plano Plurianual.
Aqui, mais de uma vez se fizeram grandes debates.
Nós queremos que o Plano Plurianual apresente com clareza qual o sistema de
mobilidade urbana da Cidade, porque o Governo está devendo. Prometeu no Plano
Plurianual passado fazer a duplicação da Av. Vicente Monteggia; propôs a
duplicação da Av. Edgar Pires de Castro; propôs a duplicação da Av. Prof. Oscar
Pereira e da Estrada Costa Gama; propôs, Ver. Nedel, a duplicação do acesso
norte do Porto Seco, entre outras coisas. Nada disso foi realizado. Se não foi
realizado, precisamos saber por quê. Assim como temos que defender que esteja
incluído novamente no Plano Plurianual um projeto de mobilidade urbana para a
Cidade.
Mas eu posso pegar outro tema, aqui, além do grande
conflito que é a mobilidade urbana: o tema da Saúde. No Plano Plurianual
aprovado em 2005, mandado para esta Casa pelo Fogaça, foi dito que em 2008 e
2009 teria, em Porto Alegre, 255 equipes da Saúde da Família. Não foi cumprido.
Hoje, tem 120 equipes da Saúde da Família.
Quanto às quatro Unidades de Pronto Atendimento –
UPAs, que também foram colocadas e para as quais o dinheiro do Governo Federal
está depositado há quatro anos, uma para a Zona Sul, uma para a Zona Leste e
outra para a Zona Centro, a única que foi construída foi a da Zona Norte. Por
que não aparecem novamente no Plano Plurianual? A partir de 2006, nós temos que
ter todas as crianças de zero a seis anos na Educação Infantil. Vários, aqui,
conhecidos lá do Extremo Sul – a região de Porto Alegre que tem o maior vazio
da Educação Infantil da cidade de Porto Alegre – e da Zona Sul; pergunto: onde
está, aqui no Plano Plurianual, para que possamos, nos próximos quatro anos,
cobrir a Cidade com a rede da Educação Infantil? Não é apresentado no Plano
Plurianual! Bom, então, esse é o debate essencial.
E quero concluir a minha fala aqui, Ver. Ferronato
– fiz uma proposta a V. Exa. e estamos aguardando a resposta. Inclusive
dissemos que era antidemocrático o Vice-Prefeito vir aqui, fazer reunião com a
base do Governo e excluir um conjunto de Vereadores que apresenta proposta para
a Cidade, que é o caso nosso. A vinda do Vice-Prefeito Sebastião Melo, hoje,
aqui, reunir-se com a base do Governo é uma falta de postura democrática com a
Cidade. Tem que discutir com os 36 Vereadores, principalmente com quem fez
proposta para qualificar a Cidade. Nós temos 60 propostas que vêm ao encontro
do que eu falei aqui. Nós temos que resolver isso, nós temos que aprovar o
melhor para a Cidade, e é a síntese de todos nós. Nesse sentido...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Não revisado pelo orador.)
(Manifestações nas galerias.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: Mas é a Casa do Povo; eles podem se manifestar também.
(Manifestações nas galerias.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado, pessoal, a manifestação espontânea de
vocês é livre aqui, obrigado pela presença, e estamos à disposição na
presidência. Há mais algum Vereador que queira discutir a matéria? (Pausa.)
Ver. Ferronato, V. Exa. já falou duas vezes, não pode falar de novo. Cada
Vereador pode falar duas vezes
O SR. AIRTO
FERRONATO (Requerimento): Presidente, requeiro o adiamento da discussão do
PLE nº 018/13, para construirmos um acordo para votação das Emendas, por uma
Sessão.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Só quero avisar, Ver. Ferronato, que o prazo para
votar o PPA é até o dia 15. V. Exa. tem todo o direito de fazer isso, mas na
medida em que V. Exa. o faz, a Liderança do Governo assume a responsabilidade,
caso não se atinja o prazo.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Estamos assumindo a responsabilidade, em nome inclusive da Prefeitura de
Porto Alegre. Mas antes de adiar, nós podemos ouvir a Ver.ª Jussara Cony?
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): V. Exa. pede adiamento ou não?
O SR. AIRTO
FERRONATO: Mas a Ver.ª Jussara quer falar antes.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): V. Exa. pede ou não adiamento? Não houve inscrição.
A SRA. JUSSARA
CONY: Houve, Presidente. Um momentinho, eu quero explicar: posso até deixar,
Ver. Ferronato, para falar na segunda-feira, mas solicitei e pensei que tinha
tido visibilidade. De maneira nenhuma vou me contrapor ao Ver. Ferronato porque
o que ele está pedindo é em nome do Governo, é justo, é lícito, não tem
problema. Agora, que tenho certeza de que me inscrevi antes do Vereador chegar
aqui, me inscrevi. Se a Mesa não viu, é outra coisa.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): V. Exa. mantém o pedido de adiamento?
O SR. AIRTO
FERRONATO: Compreendendo a posição da Vereadora...
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): V. Exa. retira o pedido de adiamento?
O SR. AIRTO
FERRONATO: Não.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Airto
Ferronato, solicitando o adiamento da discussão do PLE nº 018/13 por uma
Sessão. (Pausa.) O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação
do Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato.
A SRA. JUSSARA
CONY: A minha inscrição para discussão continua válida?
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A senhora tem que se inscrever quando essa matéria
for à discussão novamente.
A SRA. JUSSARA
CONY: Claro, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Eu solicito, com muito respeito, que utilizem
somente a parte das galerias para a colocação de qualquer material. Por favor!
O SR. PEDRO
RUAS: Sr. Presidente, Ver. Dr. Thiago; Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, público que nos assiste, ilustre Ver. Ferronato,
que é um líder de Governo democrático, de bom senso e que tem tido de todos nós
sempre o maior respeito e admiração, ao longo dos anos e também no momento
atual, eu quero só fazer a seguinte observação, e aqui falo em nome do PSOL,
portanto eu e a Ver.ª Fernanda Melchionna temos esta indagação: se esse
adiamento é exclusivamente para compor situações difíceis da base do Governo,
ele não tem sentido para nós. Francamente! Ele só é admissível do ponto de
vista do PSOL se ele tem como fundamento uma conversa real com o conjunto dos
Vereadores. Esta é a situação que nos importa realmente. Nós queremos que seja
de forma democrática a votação do Plano Plurianual.
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, eu
vou ter que lhe pedir que me assegure a palavra.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Seu tempo está
reservado. Todas as manifestações são bem-vindas nesta Casa. Há um Vereador na
tribuna, peço calma a todos. Eu entendo a situação, a indignação de vocês e os
recebo na presidência.
O SR. PEDRO RUAS: Então, com o maior
respeito, Ver. Ferronato, mas também com muita firmeza, eu quero colocar, em
nome do PSOL, essa situação que nos deixa, de forma muito sincera, com a
disposição inicial de votar contra o Requerimento. Porque nós não vemos, em
relação às emendas da oposição, nenhum esforço de negociação. Portanto, fica sem
sentido um adiamento. Ao que tudo indica, são situações da base de Governo
compreensíveis, mas não incluem! Deixam de fora uma parte significativa do
Legislativo Municipal, que é justamente a oposição. O Líder do Governo me faz
um sinal de que a intenção é conversar com a oposição sobre emendas da própria
oposição. Esse é o sinal que me faz o Ver. Airto Ferronato. Vou acolher esse
sinal, vou falar com a Ver.ª Fernanda Melchionna, e aqui estou em nome do PSOL
e não, da oposição neste momento, e aí nós vamos verificar. Mas eu queria
mostrar, desde logo, a nossa preocupação com o adiamento cujo mérito, cujo
sentido, cujo apoio nós só poderemos prestar, se ele fosse – e me faz um sinal
o Líder do Governo e diz que é – algo que possibilitasse algum grau de conversa
com Vereadores e Partidos de oposição. Obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia
Cavedon está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria
do Ver. Airto Ferronato.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver.
Dr. Thiago, senhores e senhoras, já passaram 30 segundos do meu tempo, queria
cumprimentar os cidadãos e as cidadãs que aqui estão, sim, esta é a Casa do
Povo; nós entendemos que numa democracia esta Casa deve estar sempre com muita
gente. E nós, Vereadores e Vereadoras, sempre muito atentos a todas as
manifestações populares. Dizer que estamos atentos e queremos compreender, Ver.
Airto Ferronato, as razões desta postergação da discussão do Plano Plurianual.
Sabemos que, sim, alguns Vereadores da base estão inconformes com o tratamento
das suas emendas, nós já nos manifestamos, como Partidos de oposição, os três,
que um Governo impermeável às contribuições do Legislativo é um Governo que
erra muito mais; um Governo que não consegue dialogar com a população... E eu
escuto vocês! A população pede muito socorro aqui, como vocês, para compreender
políticas públicas que acontecem na Cidade, que não tem debate com ela. Esta
Casa já foi ocupada pelos moradores da Anita, já foi ocupada pelos moradores do
Parque Gasômetro, já foi ocupada...
(Manifestações nas
galerias.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, eu
vou ter que interromper e gostaria de resguardar meu tempo. Obrigada, Sr.
Presidente.
Para a população que
está nos ouvindo, nós temos aqui cidadãos e cidadãs que estão tentando fazer
interlocuções e fica difícil falar daqui da tribuna. Eu quero... Presidente,
fica difícil falar com os colegas.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Vereadora, eu
resguardo o seu tempo, mas vou pedir que a senhora não dialogue com a plateia!
Assim fica difícil.
(Manifestações nas
galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Por favor!
Ver. Pedro Ruas, não há apartes durante encaminhamento de votação. Não há
Questão de Ordem. Por favor, o seu tempo está assegurado, Vereadora. Vereadora,
por favor, atenha-se ao encaminhamento e não dialogue com a plateia porque isso
acirra os ânimos. Nós vamos repor o seu tempo, Vereadora.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada,
Presidente. Não dialogar, às vezes, não é uma indiferença, é uma violência.
Então, eu queria que um tempo especial para discutirmos a ocupação da Câmara,
para nós, é bem vindo.
Vou tratar do
Requerimento de adiamento da discussão do Plano Plurianual. Quatro anos
determinados por uma lei. Nós, da oposição, vimos acumulando uma série de
debates importantes nesses anos que passaram e gostaríamos que no Plano
Plurianual eles fossem contemplados. Por quê? Porque nesta Casa, Ver. Airto, o
povo da Cultura esteve aqui muitas vezes dizendo que se reduziram os recursos
da Cultura. O pessoal do esporte, os professores, as associações comunitárias
perderam professores nas praças; os equipamentos, as piscinas às vezes não
abrem no verão porque os recursos públicos do esporte foram reduzidos. Só para
citar dois temas. Ontem, o povo do carnaval, as lideranças da Zona Norte aqui
estiveram porque querem o complexo Porto Seco terminado. Eles querem que lá
tenha atividade o ano inteiro. Duas mil famílias novas foram morar na Zona
Norte e lá não tem uma praça, uma atividade cultural. A expectativa e a
promessa é que o Porto Seco fosse um grande lugar de trabalho, de cultura, de
lazer e de esporte. Nós queríamos ver no Plano Plurianual a conclusão do Porto
Seco contemplada. E tudo isso não está contemplado, a oposição fez emendas para
contribuir com a Cidade e nós não vemos, nesse diálogo que hoje aconteceu nesta
Casa...
(Manifestações nas
galerias.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Presidente, vou
interromper de novo.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Por favor, por
favor, pessoal. Ver.ª Sofia, está garantido o seu tempo.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Presidente.
Eu quero, então, dizer que todas as contribuições que nós fizemos nessas
reuniões que estão acontecendo esta semana, entre Governo e Vereadores da
situação, sequer a oposição foi consultada. Então, este autoritarismo com que é
tratada a oposição, a Cidade é que gerou, inclusive, a ocupação da Câmara! A
rejeição de todas as nossas emendas gerou a ocupação da Câmara.
Portanto, senhores,
se o Prefeito e a sua gestão continuarem surdos à fala popular, aos movimentos
sociais, aos movimentos populares e surdos à oposição nesta Casa, é óbvio que a
manifestação vai acontecer em outro lugar. E nós não queremos isso. Vereador
Airto, nós vamos votar com V. Exa., mas nós queremos que o Governo sente com a
oposição, escute e construa democraticamente a Cidade, que é de todos! Não é só
de quem está no Governo, é de todos. Nós, aqui, representamos uma parcela
importante da população e, com certeza, um Plurianual, resultado da
contribuição de todos e do diálogo, é muito melhor para a cidade de Porto
Alegre. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado. O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de autoria do Ver. Airto Ferronato.
O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado, Sr.
Presidente, senhoras e senhores, povo que acompanha os trabalhos nesta tarde,
aqui na Câmara de Vereadores, Ver. Airto Ferronato, Líder do Governo, eu quero cumprimentá-lo. Eu estava reclamando da
vontade do Governo em não aceitar a nossa Emenda, mas, quando eu vejo que V.
Exa. pede a suspensão dos trabalhos, vejo que está, sim, com boa vontade. Eu
não quero e não me interessa fazer outras reclamações, a não ser para atingir
os objetivos. No meu caso, defendo a minha Emenda. Então, Ver. Airto Ferronato,
V. Exa. recebe, da nossa Bancada, os cumprimentos, porque, se pede para fazer o
adiamento de um ou dois dias, é óbvio que tem intenções de aprovar e de atender
às reivindicações dos Vereadores. Então eu não vejo o porquê - me perdoem os
colegas -, neste momento, de nós fazermos críticas ao Governo, na pessoa do
Ver. Airto Ferronato. Então eu quero cumprimentar o Vereador e esperar que ele
procure atender ao máximo os Vereadores - os da oposição, os do Governo, e nós,
das boas causas, Ver. Tarciso Flecha Negra. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Airto Ferronato.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver.
Thiago; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu estou preocupado. Eu estou aqui
há nove anos e nunca tinha visto, Ver.ª Mônica, alguém vaiando a oposição. E,
hoje, começou de manhã cedo a notícia de que quiseram chegar no Sindicato dos
Rodoviários e foram, imediatamente, retirados. Agora, vejo mais uma
manifestação aqui. Eu nunca tinha visto isso e, por isso, fiquei preocupado.
(Manifestações nas galerias.) Eu vou morrer e não vou ver tudo, Vereadores.
Estou preocupado. O que está acontecendo? A Ver.ª Sofia falando e sendo
questionada? Nunca tinha visto acontecer isso com a Ver.ª Sofia, Ver. Valter.
Olha, é de se preocupar... Começam a virar as coisas. Elas vão, Ver.ª Sofia,
até um ponto, e, depois, vem o rebate, e é aí que a coisa começa a ficar feia.
Eu acho, Ver. Dr. Thiago, que o senhor deveria pedir uns dez minutos para
recebê-los, imediatamente, para ver quais são suas reivindicações.
Também quero dizer ao
Ver. Ferronato que eu concordo com o adiamento. Claro que deve ser discutido,
Ver. Bernardino, mas eu não voto em emendas porque não sou muito favorável às
emendas, e sempre digo que emendas, para mim, são os puxadinhos, as gambiarras,
que repartem o bolo, e eu não compartilho das emendas. Não quero tirar o mérito
dos Vereadores que acham que deve ter a emenda, é de direito do Vereador, mas
quero dizer que não voto nas emendas porque elas atrapalham um pouco o projeto
original. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª
Jussara Cony está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de
autoria do Ver. Airto Ferronato.
A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, venho a esta tribuna para fazer, neste momento, o encaminhamento, a
solicitação do Líder do Governo, Ver. Ferronato, e venho com muita seriedade
para esta discussão. Nós não estamos aqui apenas fazendo discursos, todos os
Vereadores que me antecederam e os que virão; nós estamos aqui discutindo o
futuro da cidade de Porto Alegre, que interessa a todos nós, principalmente ao
povo de Porto Alegre, Ver. Tarciso, o senhor sempre que vem aqui faz essa
referência, e é uma referência importante para todos nós. Essa discussão do PPA
passa por alguns momentos, nesta Casa, dos quais a nossa Bancada, o Ver. João
Derly e eu participamos, e dissemos, nestes momentos, algumas coisas que nos
preocupavam: primeiro, o PPA apresentado às pressas na Câmara de Vereadores
impossibilitou, sim, uma análise mais acurada dos importantes instrumentos de
gestão que existem para que Porto Alegre avance na garantia da qualidade de
vida para nosso povo. Segundo, observamos, inclusive, ao longo do texto, que
algumas discrepâncias não fazem jus à perspectiva de uma gestão que tem
ferramentas, mas que não as entende como ferramentas de gestão ao estabelecer
para onde vai o orçamento, para onde é destinado, para que políticas públicas
de mais necessidade, e mais do que políticas públicas, para que projeto
estruturante para a cidade de Porto Alegre.
Quando o Prefeito, o
Vice-Prefeito e todo o secretariado foram ao seu gabinete do nosso Presidente,
este nos chamou, chamou todos os Líderes e Vereadores. E eu fiz algumas
observações, e uma delas eu quero colocar aqui, até para justificar por que a
nossa Bancada vai votar com o Ver. Ferronato. Um dos pontos, como Líder do
PcdoB, que manifestei, naquele momento, é que esta Casa tem o direito e, mais
do que o direito, tem o dever de apor a sua contribuição para sugerir, para
suprir lacunas, para garantir demandas de políticas públicas que chegam nesta
Casa, seja através dos Vereadores, individualmente, e, principalmente, através
das nossas comissões temáticas. Eu elenco aqui a primeira preocupação do povo
de Porto Alegre: a Saúde. E nós temos pessoas aqui do povo de Porto Alegre,
alguns municipários que já se retiraram, mas ainda temos pessoas em nossas
galerias, moradores desta Cidade. A segunda preocupação é a Segurança Pública.
E aí vem Educação, Habitação, Regularização Fundiária, casa com dignidade para
o povo de Porto Alegre, Cultura, entre outros. Pois bem, nós fizemos isso,
fizemos quando éramos situação e como oposição, para dar qualidade de vida aos
porto-alegrenses. Eu não sou da Comissão de Finanças e Orçamento, mas fui, em
nome de nossa Bancada, discutir Emenda por Emenda. O Ver. João Derly e eu
apresentamos 14 Emendas; o Janta também estava lá, discutindo Emenda por
Emenda, além de outros Vereadores que não eram da Comissão. Das 14 Emendas que
apresentamos, eu e o Ver. João Derly, aprovamos seis: três Emendas do Ver. João
Derly e três Emendas minhas. Eram Emendas que dialogavam para essas melhorias
que precisamos para Porto Alegre. Quero dizer, desta tribuna, Ver. Mônica Leal,
porque participei da discussão, observamos o esforço do nosso Ver. Vilella,
Vereador que todos nós respeitamos e que foi o relator no esforço da busca de
aperfeiçoar o PPA, buscando não descaracterizar o Projeto do Governo, mas
absorvendo emendas. Ele foi magnífico nesse sentido, ele absorveu nossas
Emendas e dialogou a ponto de nós trazermos alguns Vereadores para o Plenário
para pegar assinaturas de nossos Pares. Então, não podemos votar esse PPA de
uma maneira assim: vem uma ordem no sentido de que Emenda de oposição não vota;
que não vota de oposição e situação. Esta Casa é uma Casa que tem de participar
das decisões da Cidade de Porto Alegre, porque, na hora das dificuldades, Ver.ª
Sofia, é para esta Casa que o povo vem. Ele vem para dialogar, para estabelecer
um diálogo com a Prefeitura, porque há uma coisa que não está no PPA e que não
está havendo na Cidade de Porto Alegre, que é o diálogo. Portanto, Ver.
Ferronato, a Bancada do PCdoB, se for para adiar com o compromisso de dialogar
com a Câmara Municipal e com a população de Porto Alegre, nós estamos aprovando
e dando esse voto de confiança, como sempre, para que o Governo - sim, toda a
Oposição, a Ver.ª Sofia me diz e eu tenho certeza - entenda que ele tem um
Projeto. Nós sabemos que o povo de Porto Alegre preferiu esse, mas isso não
quer dizer que nós, Vereadores, também eleitos pelo povo de Porto Alegre, não
tenhamos o dever de apensar ao PPA aquilo que é melhor para o povo de Porto
Alegre. Tem que baixar um pouco a arrogância, tem que baixar um pouco uma
hegemonia que não existe, porque na política se destrói hegemonia através de
discussão, de diálogo e de participação popular.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Eu vou receber
vocês na sala da Presidência, vou atender a sugestão feita pelo Ver. Brasinha.
(O Ver. Bernardino
Vendruscolo reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento de sua autoria.
O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente
Bernardino, senhoras e senhores, nossos visitantes na tarde de hoje, telespectadores
e ouvintes, nós estamos aqui discutindo o Requerimento que fiz para adiar a
discussão desse Projeto por uma Sessão. Por quê? E já digo por que precisamos
votar favoravelmente ao Projeto. No conjunto das 17 Emendas, pois elas
retiraram verbas de reserva de contingência, publicidade e COPA, nós chegamos à
seguinte conclusão: na soma, o conjunto de Emendas que retira verba da reserva de contingência, deixa essa
reserva com um percentual inferior a 1%. Isso legalmente não pode. Segundo
lugar: a verba de publicidade retira, no conjunto das Emendas, mais de 50% do
valor estabelecido. E no valor destinado a obras em serviços da COPA ela retira
mais o conjunto de Emendas, mais recursos do que aquele
previsto no Projeto. Portanto, é inviável, não dá. Ou nós fazemos um esforço
para verificar quais emendas serão aprovadas, quais emendas deverão ser
rejeitadas para podermos garantir a legalidade do processo, ou nós não temos
como fazer isso. Portanto, é preciso tempo, Ver. Paulo Brum, não há como fazer
em uma hora, nós temos que estudar emenda por emenda, nós temos que ver o
seguinte: qual emenda vamos manter e qual emenda vamos rejeitar, num processo
sério e discutido com todos os Vereadores. E agora vamos acalmar a oposição. A
nossa proposta é exatamente é esta, é proposta nossa e de Governo. Nós vamos
construir um entendimento. Por isso é preciso que se adie a votação até
segunda-feira, e teremos amanhã e sexta para construir um entendimento com
relação às emendas que vamos votar, que vamos aprovar, e aquelas que vamos
rejeitar forçosamente, necessariamente, porque, repito, no conjunto das
emendas, o valor total estabelecido ultrapassa, em muito, aqueles limites,
inclusive constitucionais. Portanto, estamos pedindo a aprovação do adiamento
da discussão. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, nós estamos encaminhando à Mesa uma proposição para mudança do nosso
Regimento para que, a partir de hoje, toda votação seja nominal.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Se V. Exa. já protocolou, nós recebemos e agradecemos. Passo às mãos do
Diretor Legislativo que dará o encaminhamento regimental. Obrigado.
(O Ver. Engº
Comassetto procede à entrega do documento ao Presidente, Ver. Bernardino
Vendruscolo.)
REQUERIMENTO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 133/13 – (Proc. nº 2164/13 – Ver. Delegado Cleiton e Ver. João Derly) – requer Moção de Solidariedade com a Associação do
Comércio do Mercado Público Central de Porto Alegre/RS (ASCOMEPC), pela
imediata recuperação do Mercado Público Central de Porto Alegre, pelo incêndio
ocorrido na noite de 6 de julho de 2013.
O SR. PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Em votação o Requerimento nº 133/13. (Pausa.) O Ver. Delegado Cleiton
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 133/13, como
autor.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, público que nos assiste, a importância desta Moção de Solidariedade
se dá em virtude do incêndio que aconteceu, infelizmente, no Mercado Público,
um dos maiores símbolos da nossa Cidade. Já no primeiro momento, quando soube
do fato, eu estava em uma reunião na Lomba do Pinheiro, após teria outra
reunião na Restinga, mas fui direto ao Mercado para me colocar à disposição do
Sr. Prefeito, até para acompanhar as perícias e o trabalho da Polícia Civil
naquele local. Prontamente o Prefeito aceitou a participação deste Vereador, e
lá estive em todos os momentos verificando e acompanhando, junto com o Delegado
Hilton Müller, titular da 17ª, que foi encarregado de fazer o levantamento do
local e as perícias. Logo após, quando foi permitida a abertura do Mercado para
os proprietários e os trabalhadores daquele recinto, eu estava junto lá com o
Vice-Prefeito, que lá estava a pedido do Prefeito, apoiando de forma solidária
aqueles trabalhadores. De imediato, foram feitas reuniões ali no local mesmo. E
lá, conversando com os proprietários, com os trabalhadores e com os
representantes daquela Associação, tivemos a ideia de fazer esta Moção de
Solidariedade a esses trabalhadores. Esta Moção tem esse valor até pelo
recinto, pelo espaço cultural, pelo espaço público, pelo espaço religioso,
principalmente para o pessoal da cultura de matriz africana, que representa o
Mercado. Aquele local, para quem não sabe, também é um espaço religioso.
Lançamos lá esta Moção e, imediatamente, fui procurado pelo meu querido colega,
Ver. João Derly, que também havia feito uma Moção nesse sentido. A
solidariedade não é minha, ela está sendo votada, aqui, para que todos nós
possamos ser solidários. Por isso, fizemos um acordo para que nós dois
encaminhássemos esta Moção. E ficamos felizes por saber que recebemos do
Governo Federal, ontem - o Prefeito José Fortunati recebeu -, uma verba para
que possamos dar encaminhamento à reconstrução daquele local. Aquele local tem
que ser tratado de forma especial a partir de então. Obrigado, senhores. Peço
que esta Moção de Solidariedade seja votada pela unanimidade dos colegas.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Bernardino Vendruscolo): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 133/13.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria
cumprimentar os autores desta Proposição, porque isso é um anseio da Cidade
toda; não é só um anseio dos Vereadores, mas de toda a cidade de Porto Alegre
que quer que o Mercado volte a funcionar. Claro que tivemos esse azar, esse
incêndio, houve falta de condições, e nós temos que voltar a funcionar com
segurança para aqueles que trabalham lá dentro e para aqueles que frequentam.
Agora, eu queria pedir, com toda a humildade e falta de conhecimentos técnicos,
que se abrevie isso e não se deixe para fazer o ótimo, esquecendo-se do bom. O
que é o bom para os donos das bancas do Mercado Público e para a população de
Porto Alegre? Que o Mercado volte a funcionar logo, sem muita burocracia, que
se dê a segurança. Isto, todos nós queremos: segurança para quem trabalha e
para quem frequenta, mas que não se apeguem a pequenos detalhes. Eu queria
fazer um apelo ao Epahc, ao EFAN, a quem estiver tratando desses assuntos. O
Mercado Público é um patrimônio histórico? Sim, é o maior patrimônio histórico
que nós temos na Cidade, é a paixão de Porto Alegre, mas nós não podemos
esquecer que o telhado desse Mercado Público, por exemplo, foi feito há poucos
anos. Então, eu não vejo por que essa turma de historiadores quer cuidar do
telhado. Ele não é histórico; o telhado é moderno, é novo, foi feito há poucos
anos. Então, vamos cuidar para fazer isso rápido, para fazer bem feito, vamos
cuidar da essência do Mercado, para que ele não se transforme em shopping. Ele não é shopping, ele é Mercado Público. Nós temos que ter esta
consciência: o Mercado Público de Porto Alegre é Mercado Público de Porto
alegre, ele não vai ser shopping nunca,
ele tem que ter as suas características! Então, a todos que estão cuidando do
projeto, da reforma, quem está dando palpite, cuidem para que não demore muito,
porque, certamente, os permissionários e a população de Porto Alegre estão
menos preocupados com os milhões que podem vir do Governo Federal do que com a
agilidade de fazer com que o Mercado volte a funcionar. Tem pessoas – e muitas
pessoas – que trabalham lá, estão desesperadas e ligam para o Vereador, ligam
para mim, ligam para os meus colegas, todos vocês, para ver alguma solução,
alguma luz para que o Mercado volte a funcionar. Todos nós queremos que ele
funcione. Mas eu queria repetir: não se apeguem a tantos detalhes assim, tem alguns
detalhezinhos lá que eu vou te contar uma coisa, não dá para aguentar! Tem que
fazer o Mercado funcionar! E que se faça a restauração na continuidade, que se
deem primeiro as condições de trabalho aos permissionários, aos funcionários,
que se deem condições de visita e de compra à população de Porto Alegre, que se
façam esses detalhes solicitados com o Mercado funcionando. Dá para fazer isso!
Nós fizemos toda a restauração do Mercado no ano de 2007, e ele ter não parou.
Dá para fazer tendo segurança, tendo energia; dá para fazer as coisas sem
muitas milongas, sem tirar as características do Mercado. Não precisa
modernizar, não precisa fazer nada disso! Que se cuidem das características
históricas do Mercado, mas que não se exagere nos detalhes, o que fará demorar
mais tempo para a abertura. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 133/13.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores e Vereadoras, senhoras e
senhores; em alguns temas referentes à Cidade, não há como ter oposição e
situação. Esse episódio do Mercado Público é um tema que nos unifica porque ele
é um símbolo da nossa Cidade, que traz, nas suas paredes e na sua estrutura, a
história de Porto Alegre. E nós, obviamente, lamentamos o ocorrido.
Agora é óbvio que, num momento como esse, nós temos
que aproveitar essas oportunidades não só para superar as dificuldades, mas,
também, para avançar. O tema que propõem aqui o prezado Cleiton e João Derly
nos dá oportunidade para que possamos fazer um conjunto de reflexões. Outro
dia, fizemos um debate, aqui na TVCâmara, sobre o patrimônio histórico e o
Mercado Público.
Primeiro, eu quero registrar aqui o empenho de
imediato, o papel que teve a população do Mercado, os bombeiros, que tiveram
uma ação pronta, em sete minutos e, assim, salvaram o restante do Mercado,
porque nós sabemos que a estrutura onde começou o fogo, o telhado, é madeirame
da época da fundação do Mercado. Se se deixasse, em poucos minutos pegava fogo
em tudo. E também o empenho dos três Governos: o Municipal, o Estadual e o
Federal; cada um, na sua esfera, enfrentou o tema. E é isso o que nós
debatíamos antes em relação ao Plurianual: quando pensamos um projeto de
cidade, nós temos que ter o olhar de todos e unificar os esforços. O Mercado
Público, que é um patrimônio histórico e cultural da nossa Cidade, prezado
Cecchim, é claro que tem algumas particularidades. Segundo o IPHAN, para reconstruí-lo,
tem que reconstruir dentro do padrão existente e tem que agilizar isso.
Mas eu quero aqui registrar, meus colegas, que
ontem, com a ida do Prefeito a Brasília, a Presidente Dilma anunciou a
liberação de R$ 17 milhões para a reconstrução do Mercado. Essa é uma atitude
conjunta do Governo Federal e do Governo Municipal.
O Governo do Estado, de imediato, chamou a
Associação dos Permissionários do Mercado e liberou uma linha de crédito para
reconstruir os seus estabelecimentos a juros subsidiados, com um período de
carência e um prazo de até três anos para pagar a fim de que o Mercado Público
volte ao funcionamento logo. Essas são questões objetivas.
Agora eu quero trazer dois ou três temas aqui que
precisamos concertar, Ver. Cecchim, que já foi Presidente da SMIC. Tem um
recurso que é recolhido mensalmente dos permissionários do Mercado, que compõe
o Funmercado, ou Fundo do Mercado, que tem mais de R$ 7 milhões depositados em
caixa. E o Mercado precisa de uma atenção especial no sentido da sua manutenção,
da sua limpeza, da sua organização, de recolocar equipamentos novos que sejam
para todos. Então, tem que ter essa agilidade, e o Poder Público, junto com os
permissionários, tem essa responsabilidade.
A segunda questão: nós aprovamos aqui, no Plano
Diretor, uma Emenda que diz que região Centro da Cidade, inclusive o Mercado,
deve ser tratada como uma zona de entretenimento cultural. Por que isso? Para
que ali possa ter atividade sendo desenvolvida culturalmente não só das 8 da
manhã às 19h. Por que o Mercado tem que fechar às 20h? Por que os bares, os
restaurantes do Mercado não podem funcionar à noite? A população pode se
dirigir para lá, os ônibus estão ao lado, tem estacionamento, tem os lotações.
O possível barulho que, em outros lugares, incomodaria ali não causaria
problema a ninguém. Então, esta Lei precisa ser regulamentada; ela está no
Plano Diretor, foi aprovada. O Município deveria, em um ano, fazer a sua
regulamentação; já faz mais de um ano e meio que passou o prazo, e ela não foi
regulamentada.
Então, venho trazer este tema e cobrar, sim, do
Executivo Municipal que regulamente essa Lei. Um dos problemas que se tem no
Centro, Delegado Cleiton, é a segurança. Se retirarmos o povo do Centro, a
vida, inclusive a vida noturna – e eu concluo, Sr. Presidente –, nós estamos
aumentando a insegurança. Temos que fazer um movimento para levar gente para o
Centro da Cidade, tanto ocupando aqueles prédios, aqueles “esqueletos” vazios
que tem no Centro, como tendo uma vida cultural. Então, a regulamentação do
Mercado como uma zona de entretenimento cultural que possa funcionar a noite
toda, absorvendo ali a cidadania, é uma solução que entendemos viável para
Porto Alegre. Delegado Cleiton e João Derly, contem conosco! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 133/13.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Ver. Bernardino Vendruscolo; Vereadoras e Vereadores,
essa Moção, que o Delegado Cleiton e o João Derly apresentam, de solidariedade
à Associação do Comércio do Mercado Público, aos trabalhadores do Mercado
Público, na verdade é uma solidariedade ao povo de Porto Alegre, a esse Mercado
Público que nos presenteia com seus quitutes, com seus restaurantes, com suas
bancas, com tudo de bom que há na nossa Cidade, que vem de todos os rincões do
nosso Estado. Esse Mercado, que, bravamente, há muitos anos, fica no coração da
nossa Cidade e, como o povo desta Cidade, heroicamente sobrevive. Então, eu
acho que a Moção que esta Casa propõe, Delegado Cleiton e João Derly, no dia de
hoje não é só uma Moção de Solidariedade, é um reconhecimento que esta Casa faz
a esse patrimônio cultural, social, econômico da cidade de Porto Alegre. Então,
nós encaminhamos pela Bancada do PDT no sentido de que seja aprovada essa Moção
ao patrimônio de Porto Alegre que é o nosso Mercado Público. Ontem, nosso
Prefeito anunciou, junto com a Presidente Dilma, a destinação de R$ 17 milhões
para a restauração do Mercado Público de Porto Alegre, para que o Mercado fique
nas condições e na forma que a população almeja.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. João Derly está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 133/13.
O SR. JOÃO
DERLY: Ver. Bernardino Vendruscolo, Presidente; cumprimento também meu colega
Ver. Delegado Cleiton, nós, que tivemos a iniciativa no mesmo sentido e ao
mesmo tempo. De pronto, ele aceitou que assinássemos juntos essa Moção de Solidariedade.
O ocorrido com o nosso Mercado Público, Ver. Tarciso, foi uma grande tragédia
que chocou e mexeu com toda a população de Porto Alegre, e nós vivemos aqueles
momentos, eu estava acompanhando pela televisão, chocado, comentando, no
Twitter, o que acontecia, e muita gente debatendo aquele assunto. O Mercado
Público é um patrimônio histórico-cultural da nossa Cidade, referência para
todos nós, porto-alegrenses, e muitas famílias dependem dele. Nós temos
trabalhadores, pessoas que necessitam do Mercado funcionando para ter o seu
sustento. Agora, com R$ 17 milhões do Ministério do Planejamento liberados para
a reforma, para refazermos nosso Mercado, é hora de unirmos forças - além de
termos orçamento junto com os permissionários: a Associação dos Trabalhadores
do Mercado Público, esta Casa, o Executivo, para que possamos entregar, o
quanto antes, o Mercado Público para quem merece, que é a população de Porto
Alegre. Que o Mercado seja reconstruído o mais rápido possível, para
desfrutarmos daquele local fazendo as nossas compras e tomando um café. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): Obrigado, Ver. João Derly. A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento nº 133/13, pela
oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON : Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, estamos órfãos do
Mercado Público de Porto Alegre, lugar de encontro, lugar de patrimônio
cultural, lugar de manifestações sociais, lugar de aquisição de produtos que
não se encontram em lugar nenhum com a qualidade que têm e com o perfil do
pequeno negócio familiar. A nossa oposição vai votar a favor da Moção e tenho
certeza que acha que é muito pouco. É claro que esta Câmara se manifestar
formalmente é importante, e faremos e fizemos, mas queremos aqui deixar muito
claro que muitos aspectos dos problemas do Mercado já foram pautados pela
oposição, em muitos momentos, em muitas Comissões. Quando discutimos, por
exemplo, a ocupação do Largo Glênio Peres, estamos tratando do Mercado Público,
daquele lugar, daquela ambiência, da proteção como patrimônio. Quando debatemos
a cessão do Largo para a Coca-Cola - nós e o movimento social -, um dos temas
que nós ouvimos dos permissionários era a insatisfação com as melhorias ou com
a burocracia na solução dos problemas do Mercado Público. Lembro muito bem dos
problemas dos banheiros, que até hoje não estão solucionados totalmente, a
reforma lenta que não se compreende porque o Mercado tem um Fundo. Tinha que
ter uma forma menos burocrática de dinamizar os recursos daquele Fundo, para
que o Mercado, que recebe milhares de pessoas todo o dia, fosse um primor de
limpeza, de capacidade de acolhimento. Já falei do elevador, com péssimas
condições para as pessoas com deficiência; da dificuldade com o telhado, sim,
porque o telhado tinha goteiras em muitos pontos, e nós levantamos isso em
vários momentos. O que nos assusta é que nós perdemos o Monumenta. Quero trazer
aqui, em nome da Bancada, o nosso carinho, o nosso abraço a toda a equipe do
Monumenta que sofreu um baque. O Monumenta é um programa que faz a mediação dos
recursos federais, Ver.ª Jussara, com a preservação dos bens culturais da nossa
Cidade. Toda a memória do Monumenta estava ali, os computadores queimaram
totalmente. A UAMPA teve todos os seus registros queimados. Muitos nichos do
Mercado sofreram um baque importante.
É obvio que chama a atenção da Cidade o fato de o
Plano de Prevenção de Incêndio não estar aprovado; o fato de não se pensar
medidas que, num incêndio iniciado à noite, imediatamente sejam acionadas; o
fato de que tivemos autorização de mezanino em restaurantes - recebi essa
denúncia -, que são vetados pela regra do Mercado Público. Então, tem
puxadinhos, tem ajustes muito complicados naquele Mercado.
A grande aprendizagem, e a Moção tem que ter esse
sentido, é de que se trate com muito mais preciosismo, com muito mais
profissionalismo aquele lugar, porque ele acolhe milhares de pessoas. Vazão vai
ter, são quatro portas, não é essa a questão, a questão é todo o patrimônio
cultural. Sei que foram perdidos muitos discos de vinil. O pessoal da feira do
disco de vinil guardava os discos naquele lado, apenas uma pessoa tinha
colocado o disco de vinil na noite anterior na exposição, os outros perderam
todas as coleções que vendiam no Mercado Público.
Nós temos um patrimônio imenso a preservar naquele
lugar, não pode faltar um dispositivo que largue água, que acione um alarme, um
alarme geral. É obrigatório em condomínios ter seguro e alarme. Gostaria que
marcássemos, numa Comissão, uma prestação de contas da Prefeitura de todas as
medidas que estão sendo tomadas, novas medidas para o Mercado Público. Tem que
proteger as pessoas e os bens culturais que lá estão. Não pode ser no modelo
que vinha sendo aplicado até então.
Acho que a Moção é necessária, mas não vai fazer
diferença se não representar uma vigilância e uma participação ativa desta Casa
num novo modelo de gestão do Mercado Público, de fato à disposição do popular e
não da elite, porque uma exposição de carros não me parece adequada, por
exemplo, ao Mercado Público. Então, apoiamos de uma forma pró-ativa. E espero
que as nossas Comissões solicitem, talvez uma Reunião Conjunta ou um
comparecimento, Sr. Presidente, do Secretário, para nos explicar todas as medidas
novas que estão sendo tomadas em relação ao Mercado Público, sobre segurança,
conforto e desburocratização. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Bernardino Vendruscolo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 133/13.
O SR. TARCISO
FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente. Quero cumprimentar a todos, Vereadoras, Vereadores
e todos que nos assistem, e dar parabéns ao Delegado Cleiton e ao João Derly
por essa Moção, que é um apoio maravilhoso. Que saudade do Mercado Público! Eu
vou, no mínimo, quatro ou cinco vezes por dia ao Mercado Público, porque eu sou
vizinho.
Eu quero também mandar um abraço ao Luisinho da
Banca 26, que estava de aniversário ontem. Um abração, Luisinho! Pode parar de chorar
porque os recursos estão aí e o Mercado Público vai reabrir. Eu sei que aquilo
ali é a tua vida e é a nossa vida também. Essa é a verdade.
Eu estive atento ao discurso do Cecchim, em que ele
dizia: “É muita milonga, vamos tirar aquelas milongazinhas para abrir o Mercado
Público”. Vamos dar segurança, dar a eletricidade, para que ele possa abrir,
Ver. Comassetto, e nós possamos voltar a frequentar aquele espaço tão
maravilhoso que eu já conheço desde 1971, quando estive aqui pela primeira vez,
com o futebol.
Em 1973, vim para o Rio Grande do Sul, quando
frequentei muito o Mercado Público. Hoje sou um frequentador assíduo. Muitos
amigos, muitas bancas... O pessoal passa por mim na rua: “E aí, Tarciso? Quando
vai abrir o Mercado Público?” E a gente também quer segurança para que as
pessoas que trabalham lá dentro e para as pessoas que frequentam. Mas eu estou
bem tranquilo, que o nosso Mercado Público, em breve, vai abrir, e nós
voltaremos com aquela garra, com
aquela vontade. E o nosso Mercado Público cada vez vai ficar mais bonito, eu
tenho certeza disso. Esta é a maior obra que existe dentro da cidade de Porto
Alegre, chama-se Mercado Público, assim com é na Bahia o Mercado Modelo e como
em outras capitais. Em nome da Bancada do PSB, em meu nome e do Ver. Bernardino
Vendruscolo, estamos juntos nesse apoio, e eu, como cidadão de Porto Alegre,
estarei dentro do Mercado Público no dia da sua abertura. Assim como o Ver.
Delegado Cleiton disse, a religião, que as chaves do Bará o abram para que a
gente possa ser feliz ali dentro. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(O Ver. Dr. Thiago reassume a presidência dos
trabalhos.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em votação o Requerimento nº 133/13. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O PR nº 003/13, de autoria do Ver. Bernardino, está
em 1ª Sessão de discussão. Ainda não está em processo de votação. Ele altera o
Regimento da Casa. Por isso, ele tem que ser discutido em duas Sessões, podendo
ser votado na terceira Sessão.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0840/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 003/13, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que altera e
renomeia o parágrafo único para § 1º e inclui §§ 5º, 6º, 7º e 8º no art. 96 da
Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de
Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre o encaminhamento de
Indicação.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Alberto Kopittke: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 126 do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 08-07-13 por força do art. 81 da LOM.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Em discussão, em 1ª Sessão, o PR nº 003/13.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Está vencida a 1ª Sessão de discussão.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago – às 17h19min): Encerrada a Ordem do Dia.
Ver.
Mauro Pinheiro, quero lhe trazer um fraterno abraço do seu colega Ver.
Dagoberto Cezarino dos Reis, de Santana do Livramento, que, na nossa estada lá,
encaminhou uma Moção de Solidariedade em função da invasão da Câmara Municipal
de Porto Alegre, ou seja, manifestou-se contrário à invasão da Câmara Municipal
de Porto Alegre. Eu sei que ele é muito próximo de Vossa Excelência. Quero
agradecer-lhe e dizer isso para a população de Porto Alegre.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0018/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 020/13, de autoria da Verª Jussara Cony, que
cria o Conselho Municipal das Cidades de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 0855/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 010/13, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que inclui
Seção I “Dos eventos esportivos, culturais e de entretenimentos” no Capítulo II
do Título II da Lei Complementar nº 12, de 7 de janeiro de 1975 – Código de
Posturas do Município de Porto Alegre –, e alterações posteriores, tornando os
organizadores de eventos que especifica responsáveis pela garantia da segurança
dos participantes.
PROC.
Nº 0970/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 021/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke,
que institui o Fundo Municipal de Segurança Pública (FMSP) e dá outras
providências. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 1589/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 159/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Dr. Salvador Antonio Hackmann Celia o logradouro público não
cadastrado conhecido como Rua 1922, localizado no Bairro Mario Quintana.
PROC.
Nº 1642/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
denomina Ginásio Leonel de Moura Brizola o ginásio pertencente à Escola
Municipal de Ensino Fundamental Larry José Ribeiro Nunes, localizada no Bairro
Restinga.
PROC.
Nº 1650/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 167/13, de autoria do Ver. João Derly, que
institui a política de combate à obesidade e ao sobrepeso denominada Porto
Alegre mais Leve.
PROC.
Nº 1810/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 188/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
denomina Rua Newton Machado Ferreira o logradouro público cadastrado conhecido
como Estrada Quatro – Loteamento Parque São Paulo.
PROC.
Nº 1840/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 190/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua José Albano Volkmer o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua A-B – Loteamento Toscana –, localizado no Bairro Jardim do Salso.
PROC.
Nº 1846/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 192/13, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que
inclui a efeméride Dia do Torcedor Colorado no Calendário de Datas
Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre – Lei nº
10.904, de 31 de maio de 2010, e alterações posteriores –, no dia 17 de dezembro.
PROC.
Nº 1854/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 194/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Dr. Edgar Diefenthaeler o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua A-M – Loteamento Toscana –, localizado no Bairro Jardim do Salso.
PROC.
Nº 1873/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 199/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Theobaldo Boll o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 2723 - Loteamento Parque General Bento Gonçalves -, localizado no Bairro
Jardim Carvalho.
PROC.
Nº 1887/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 202/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Chiara Lubich o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 3211, localizado no Bairro Jardim do Salso.
PROC.
Nº 1910/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 205/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Erothides da Silveira o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua Dez – Loteamento Jardim Dona Leopoldina II.
PROC.
Nº 1945/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 210/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
denomina Praça Arcênio Gonçalves da Silva o logradouro público cadastrado
conhecido como Praça 3784 – Loteamento São Guilherme –, localizado no Bairro
Partenon.
PROC.
Nº 1981/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 217/13, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
denomina Praça José Cláudio Machado o logradouro público cadastrado conhecido
como Praça 4103 – Loteamento Residencial Encosta do Sol.
PROC.
Nº 2038/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 231/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua João Arino da Costa o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 17A – Loteamento Residencial Rubem Berta –, localizado no Bairro Rubem
Berta.
PROC.
Nº 2041/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 232/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Cel. Irani Flôres de Siqueira o logradouro público cadastrado
conhecido como Rua 3214 – Loteamento Toscana –, localizado no Bairro Jardim do
Salso.
PROC.
Nº 2062/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 235/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Nicola Mathias Falci o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua A-S – Loteamento Toscana –, localizado no Bairro Jardim do Salso.
PROC.
Nº 2069/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 019/13, de autoria do Ver. Dr. Cristaldo, que concede o Troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre à Associação Brasileira de Angus.
PROC.
Nº 2088/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 020/13, de autoria do Ver. Dr. Cristaldo, que concede o Diploma
Honra ao Mérito à Associação dos Médicos do Hospital São Lucas da Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
PROC.
Nº 2089/13 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 021/13, de autoria do Ver. Dr. Cristaldo, que concede a Comenda
Porto do Sol à Padaria da Nona.
PROC.
Nº 2111/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 241/13, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua José de Barros Assis o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 41 – Loteamento Jardim Dona Leopoldina II.
PROC.
Nº 2126/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 244/13, de autoria do Ver. Valter Nagelstein,
que obriga o Executivo Municipal a disponibilizar, no mínimo, 30 (trinta) dias
úteis antes da reunião do Conselho Municipal de Transporte Urbano (Comtu), no
Portal Transparência, a planilha de cálculo tarifário de ônibus de Porto
Alegre. Com Emenda nº 01.
PROC.
Nº 2206/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 022/13, que declara de utilidade pública a
Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul.
PROC.
Nº 2207/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 023/13, que declara de utilidade pública a
Associação Comunitária Jardim Protásio Alves.
PROC.
Nº 2208/13 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 024/13, que declara de utilidade pública a
Associação dos Pais e Amigos da Creche Comunitária Mãezinha do Céu.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 0698/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 042/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton,
que cria o Programa Parada Segura, destinado a incentivar medidas e iniciativas
de segurança a serem adotadas no transporte coletivo por ônibus do Município de
Porto Alegre, e revoga a Lei nº 8.493, de 18 de maio de 2000.
PROC.
Nº 1598/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 016/13, de autoria do Ver. Delegado Cleiton,
que altera o inc. II do art. 2º e o parágrafo único do art. 3º da Lei
Complementar nº 399, de 14 de janeiro de 1997 – que cria o Conselho Municipal
de Cultura e institui a Conferência Municipal e dá outras providências –,
alterada pela Lei Complementar nº 660, de 7 de dezembro de 2010, alterando a
denominação “núcleos de cultura” para “comissões de cultura”.
PROC.
Nº 1627/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 163/13, de autoria da Verª Any Ortiz, que
obriga escolas de ensino fundamental e médio da rede pública municipal de
ensino a incluírem atividades e conteúdos relativos à cidadania em seu plano
curricular.
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Temos, em 1ª Sessão de Pauta, um Projeto, de minha autoria que
estabelece, no Código de Posturas, a responsabilidade dos promotores de
eventos, sejam eles culturais, esportivos ou de outro tipo de atividade
relacionada com a segurança dos participantes. Eu fui pesquisar no nosso Código
de Posturas e percebi que não havia essa previsão mesmo que a maioria dos
clubes da nossa Cidade e das produtoras culturais que trazem os grandes
eventos, os grandes shows... Eles
praticam, sim, uma política de segurança, usam lá as normas legais nacionais,
usam a sua cota. Procurei em alguns estatutos de clubes. Todos os clubes,
quando nós vamos, Ver. Sgarbossa, alugar para fazer algum evento, fazem
exigência de um número “x” de segurança. Por quê? Porque fui estudar o tema
também das grandes manifestações, dos grandes encontros em torno do futebol. Há
uma polêmica recente - hoje, acho que é o Gre-Nal -, sei que a Brigada Militar,
em função de ser ela hoje responsável dentro dos jogos, definiu que não há
condições, em primeiro lugar, e que uma torcida apenas estaria presente na
Arena.
Vejam vocês a que ponto nós chegamos: um órgão de
segurança pública, inclusive, determinando normas para um evento – dentro do
evento –, porque, enfim, cabe a ela fazer gratuitamente a segurança de um
evento privado! E o Projeto que ora começa a tramitar diz o seguinte: que a
responsabilidade não é da Brigada Militar, é do promotor do evento, Ver.
Brasinha. Portanto, os times de futebol, a sua diretoria, os clubes têm
responsabilidade, sim, com a segurança dos convidados, as pessoas que pagam
ingresso e que participam.
E, no Projeto, eu prevejo que a quantidade de
seguranças, a qualidade desses seguranças, a capacitação que eles têm que ter
serão definidas pelos respectivos órgãos de Segurança. Portanto, um protocolo
que faça a Secretaria Estadual de Segurança, a Secretaria Municipal, a Brigada
Militar é que deve orientar a quantidade e a qualidade.
E, por outro lado, se algum desses promotores,
sejam de eventos culturais, sejam eventos artísticos, culturais ou esportivos,
quiserem que o serviço da Brigada realize esse evento e a Brigada assim
entender, eu indico que se faça um convênio e o promotor do evento ressarça a
Brigada Militar pelos custos humanos e de meios.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): Obrigado. O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA:
Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, quero agradecer o
tempo ao meu Líder, Ver. Cassio Trogildo, que me permite vir aqui falar. Ver.ª
Sofia Cavedon, primeiramente, a senhora estava perdida no tempo, não sabia que
o Gre-Nal já tinha acontecido. Eu fiquei preocupado com a senhora, pois estava
falando como se ainda fosse acontecer o Gre-Nal. E talvez a senhora não saiba
nem o resultado, que foi um a um.
(Aparte
antirregimental do Ver. Alberto Kopittke.)
O SR. ALCEU BRASINHA:
Poderia ter sido melhor – exatamente, Ver. Alberto Kopittke. Mas quero
dizer, com toda a certeza, no que um clube de futebol contribui com a Cidade.
Não é um show que vem aqui – é só
comparar -; é bem diferente, Ver.ª Sofia, por que, Vereadores Mario Fraga e
Luiza Neves? O Grêmio e o Internacional fazem quantos eventos por ano? E são
públicos! Uma empresa como Grêmio contribui com impostos e com muitos empregos,
fora os indiretos, que sobrevivem ao redor do estádio, que não são poucos. Quem
frequenta eventos esportivos sabe do que estou falando. Tenho certeza absoluta,
Ver.ª Sofia Cavedon! Claro que a gente quer o bem da Brigada. Eu sou um
defensor da Brigada, gosto muito da Brigada e tenho costume de dizer que tenho
saudade do Coronel Mendes, porque, Ver. Mario Fraga, o Coronel Mendes não
aceitava muita coisa que acontecia. Tenho muita saudade dele no comando.
(Aparte antirregimental do Ver. Alberto Kopittke.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: E gosto muito, Ver. Alberto. Tenho saudade do Coronel Mendes, e a
senhora sabe por quê. Era um Coronel não de gabinete, mas de trabalho,
Vereadora, trabalhava muito, tanto que hoje está no Tribunal.
E o Comando da Brigada, o Coronel Silanos e o
Coronel Godoy, que conduziram o ato do Gre-Nal, deram um verdadeiro espetáculo
de segurança, junto com nossa mobilidade urbana. A EPTC e nosso Secretário
Cappellari demonstraram a verdadeira segurança, um jogo no padrão FIFA. Aqui
também tem Vereador que é padrão FIFA. Os que não querem não podem ser padrão
FIFA. O meu querido amigo Janta, concorda comigo também que no ato esportivo
não pode o clube de futebol querer pagar segurança, não tem como, porque os
seguranças que botam para trabalhar dentro do estádio não têm poder de polícia.
Aí sim vai acontecer a baderna. A Brigada é bem-vinda ao estádio, a Brigada tem
que continuar dando segurança dentro do estádio, porque a Brigada tem o jeito
de trabalhar, tem o poder de autoridade, tem o poder de polícia. E aí, como
contratar um cidadão e botar lá, vai chegar e dizer para um cidadão que tem que
tirar do Estádio porque ele não tem poder de polícia. E aí como é que fica?
Como é que fica? A Guarda Municipal não tem poder de polícia também. Isso nós
sabemos, aconteceu aqui, e não tem poder de polícia nenhum. Então, eu quero
dizer para os senhores, Ver. Mauro Pinheiro, que o Projeto da Ver.ª Sofia vem
ao encontro do oportunismo, ao encontro do que está acontecendo agora: ela foi
ver essa pedra preciosa que a Brigada deveria receber pelo evento. Não tem como
Vereadora, então, vamos ver quem, quanto um time de futebol, o Grêmio ou
Internacional, contribui com a Cidade, Vereadora? Contribui muito, e muito. Por
que a senhora não tomou atitude quando era o seu Governo, e a senhora estava
aqui? Por que a senhora não fez isso? Por que a senhora não fez isso? A senhora
já esteve no Governo do Estado, já esteve no Governo do Município, não fez
isso? Por quê? Agora pode fazer? O que é isso?
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. MAURO
PINHEIRO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, público que nos
assiste, quero falar do nosso Projeto sobre os trotes na Universidade, Ver.
Brasinha. Nós temos uma preocupação - mais ainda nessa época em que a gente
sabe que os vestibulandos estão assumindo -, de que muitas vezes o trote acaba
passando dos limites, acabando por machucar pessoas. Já tivemos até mesmo
alunos que morreram por causa dos trotes. Então, o nosso Projeto vem para que
as Universidades proíbam o trote, aquele trote que possa acarretar algum tipo
de prejuízo ao aluno. A nossa ideia é criar o debate aqui nessa Casa, para que
a gente possa buscar, Ver. Marcelo, alguma forma para que esse trote seja um
trote que tem algum fim social, ou alguma coisa que possa ajudar a sociedade e
não levar a que os seus alunos possam ter algum tipo de prejuízo.
Também queria
aproveitar, rapidamente, para falar a respeito da Sindicância da Procempa, que
se findou. Na própria Sindicância, que foi pedida pela Prefeitura Municipal,
chegou-se à conclusão de que o ex-Presidente da Procempa, o Sr. André Imar
Kulczynski, e seu Diretor Técnico, Zilmino Tartari, tiveram responsabilidades
na direção da Procempa e cometeram falta grave. Essa é a expressão, Ver.
Clàudio Janta, que está na Sindicância. Falta grave cometeram o Presidente
André Imar e o Diretor Zilmino, entre outras pessoas que, também, cometeram
faltas graves no comando da Procempa. A pergunta que faço, Ver. Alberto
Kopittke, é, se eles cometeram falta grave no comando de uma empresa importante
como a Procempa, como eles foram, na prática, promovidos? Um saiu da
Presidência da Procempa e foi trabalhar no Gabinete do Vice-Prefeito; o outro
saiu da Diretoria da Procempa e foi trabalhar dentro da Secretaria da Fazenda.
São pessoas que cometeram falta grave, levantadas pelo próprio Município,
através de uma Sindicância. Essas pessoas não poderiam estar em posições de
destaque, a exemplo de outras pessoas que perderam suas funções e que,
inclusive, serão mandadas embora por justa causa, Ver. Dr. Thiago. Por que
alguns foram cometidos com falta grave e outros foram promovidos? A conclusão
que chego é que alguns sabem muito e podem comprometer o Paço Municipal.
Portanto, esperamos que a Prefeitura tome uma atitude e que nos esclareça como
essas pessoas estão em cargos projetados, como foram promovidas, como caíram
para cima, Ver. Mário Fraga. O Sr. André Imar e o Sr. Zilmino caíram para cima,
por que isso? Alguma coisa eles devem saber. Esperamos que a Prefeitura tome
uma posição clara e definitiva, demonstrando-nos o que aconteceu, como pessoas
que cometem faltas graves são promovidas pela Prefeitura Municipal de Porto
Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): O Ver.
Clàudio Janta está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CLÀUDIO JANTA: Sr. Presidente,
Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste através da
TVCâmara, volto a esta tribuna para falar a respeito de dois projetos do
Delegado Cleiton que estão na 2ª Sessão de Pauta. Temos o PLL nº 042/13, que
cria o Programa Parada Segura, com o objetivo de incentivar e dar segurança às
pessoas que usam transporte em Porto Alegre e que aguardam os ônibus nas
paradas da nossa Cidade. Isso permite que as pessoas tenham mais segurança ao
se locomover, ao aguardar esse transporte, tenham mais segurança ao se dirigir
às suas casas, aos locais de trabalho. Então, é um projeto de importância que
esta Casa discute, é um projeto de extrema importância para a população e para
os trabalhadores de Porto Alegre.
Outro projeto do
Delegado Cleiton é o que altera a composição do Conselho Municipal de Cultura,
altera a reformulação do Conselho Municipal de Cultura. É importante a nossa
Casa discutir as questões dos conselhos instituídos em Porto Alegre, é
importantíssimo discutirmos o papel desses conselhos e, principalmente, a forma
de atuação e deliberação deles. Então, o Delegado Cleiton apresenta esses
projetos e já correm em 2ª Sessão de Pauta, nesta Casa, a Casa do Povo de Porto
Alegre.
Também há um projeto
que entrou hoje em discussão de Pauta, da Ver.ª Sofia Cavedon, que passa para
os produtores culturais, esportivos, de entretenimento, que passa para as
pessoas que trazem investimentos culturais e esportivos para a nossa Cidade a
responsabilidade de garantir a segurança aos participantes. A minha dúvida é se
é dentro do local; isso já acontece em todos os eventos culturais da Cidade, em
todas as casas de espetáculos a gente entra e lá há as pessoas que são os
apoiadores, orientadores. Agora, eu não imagino, Ver.ª Sofia, em um evento no
Anfiteatro Pôr-do-Sol, na prainha do Gasômetro, no Brique da Redenção, no
Mercado Público, no Largo Glênio Peres ou eventos nos próprios estádios de
Porto Alegre, o número de seguranças que teriam de ser disponíveis. Isso já foi
discutido várias vezes no Governo do Estado e isso é um Projeto de interesse de
toda a Cidade, principalmente do Estado. Acho que as empresas que fazem esses
eventos teriam que dar um aporte à Brigada Militar. Agora nós não podemos tirar
o papel da Brigada Militar de garantir a segurança das pessoas que participam
de vários eventos culturais da nossa Cidade, entre eles o Fórum Social Mundial,
o 1º de Maio, a Parada Gay e outros, principalmente o Gre-Nal, na nossa Cidade,
e a gente sabe que movimenta paixões, emoções e que seguidamente precisa da
interferência da Brigada Militar. Nós não podemos armar a população de Porto
Alegre, não podemos transferir esse papel da Segurança pública para a privada,
esse papel de garantir o bem estar das pessoas, no nosso Município, para a
iniciativa privada. Acho que esse papel é público, é da Guarda Municipal, é da
Brigada Militar, é das pessoas que têm que nos dar Segurança pública.
Então viemos ocupar a
tribuna para falar desses projetos para, com força e fé, continuar a defender
os trabalhadores da nossa Cidade.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Apregoo o
Memorando nº 038/13, de autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que solicita
representar esta Casa no dia 8 de agosto, na sede da Confederação Nacional dos
Profissionais Liberais, em Brasília.
A SRA. MÔNICA LEAL (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito verificação de quórum.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Thiago): Solicito
abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pela Ver.ª
Mônica Leal. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Onze Vereadores
presentes. Não há quórum.
Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 17h43min.)
* * * * *